*por Sérgio Freitas Teixeira

Foi um Benfica de serviços mínimos aquele que conseguiu vencer o Nacional esta tarde. O campeão nacional venceu graças à grande eficácia que demonstrou, marcando dois golos nas três oportunidades claras de que dispôs durante os 90 minutos. Três pontos que permitem aos encarnados manter a liderança do campeonato.

O Nacional protagonizou um início de sonho. Logo no primeiro minuto de jogo, Zainadine viu bem a desmarcação de João Aurélio pela direita, que foi melhor que André Almeida e cruzou a preceito para o estreante a titular Edgar Abreu.

Sem marcação, e ainda fora de área, a surpresa no onze de Manuel Machado atirou forte e colocado, com a bola ainda a bater no poste antes de entrar na baliza guardada por Júlio César.

Cinco minutos depois, surgiu a resposta do Benfica. Gaitán cruzou bem da esquerda e Salvio cabeceou dentro da área, mas Rui Silva acabou por ser infeliz no lance já que defendeu a bola para dentro da baliza, num remate que até nem foi muito colocado.

O Nacional não quebrou e pouco depois Marco Matias obrigou Júlio César a «puxar dos galões» com uma bela defesa.

Rui Silva que voltou a não estar muito feliz no lance do 1-2, quando aos 19 minutos Jonas marcou na sequência de um canto, embora aqui a culpa tenha de ser repartida com a defesa alvinegra que deixou o avançado do Benfica à vontade para encostar, na pequena área, para mais um golo. Um lance em que os jogadores do Nacional reclamaram por alegado fora de jogo de Jonas.

Antes do intervalo, grande falhanço de Salvio, depois de um cruzamento de Lima pela esquerda. O Benfica esgotava as oportunidades.

Na segunda parte, e depois dos primeiros 45 minutos terem sido muito bem disputados de parte a parte, num jogo aberto e interessante, o Nacional começou bem, na procura pelo 2-2. João Aurélio tentou o chapéu, que saiu bem perto da barra e os alvinegros acreditavam que era possível.

Mais pressionante e a ganhar muitos lances no meio-campo, o Nacional assumia, sem complexos, as despesas do jogo, apesar de não conseguir criar muito perigo no último terço do terreno.

O Benfica, já com Samaris em campo para o lugar de Lima, também não conseguia desequilibrar e Manuel Machado acreditava no empate. Refrescou o ataque, retirando o desgastado Suk e lançou outro jovem madeirense: agora Camacho, para o lugar do até então inspirado Edgar Abreu.

Motivo de tamanha crença foi a entrada de Willyan para o lugar de Miguel Rodrigues aos 71, com Aly Ghazal a recuar para defesa central.

Perto dos 80 minutos, grande jogada de Marco Matias pela esquerda e Rondon, já dentro de área, rematou por cima.
Já perto dos 90, foi a vez de Lucas João falhar um golo fácil, ao cabecear por cima dentro de área depois de um cruzamento perigoso de Marçal.

O Benfica foi quase cem por cento eficaz, ao contrário do Nacional, e «arrancou» uma vitória na Choupana com muito sofrimento.