Jorge Simão, treinador do Paços de Ferreira, em declarações na sala de imprensa do estádio Capital do Móvel, após o nulo fente ao Sp. Braga, no jogo que abriu a quinta jornada da Liga:

«O Sp. Braga é uma das melhores equipas do campeonato. Criámos o suficiente para fazer golos e ganhar o jogo. A tendência natural é focar na memória mais recente. Ainda tenho o lance do Galeno no final muito fresco. No entanto, fomos nós quem criou mais situações e situações mais claras, principalmente na primeira parte. Gostei mais da segunda parte, ainda assim, fomos mais pressionantes.»

[O quão diferentes são o Denílson, o Tanque e o João Pedro]: 

«Estamos a falar de avançados diferentes. Gosto muito do João, sou apreciador das suas qualidades e estou a trabalhar com ele em funções diferentes daquelas a que ele estava habituado. Preciso de o fazer porque não quero deixar o João cair e já tenho os outros dois. O Denílson é diferente do Tanque. Acho que o Denílson fez uma exibição boa, está nas situações de golo e há mérito nisso. Não finalizou, mas é futebol. O Tanque tem características diferentes: segura melhor a bola e tem um pé esquerdo que é uma bênção. Se ganha posição e a bola vai para o pé esquerdo, dificilmente não marca. Sinto-me afortunado por trabalhar com estes pontas de lança.

O facto de ter gostado mais da segunda parte do que na primeira... não podemos dissociar ambas do calor. Sentimo-nos todos muito mais abafados pelo calor e isso condicionou-nos. Na segunda parte pareceu que estava tudo mais fresco.»

[Sobre a utilização do Eustáquio depois de três jogos pelo Canadá]:

«Compreendo que para muitas pessoas a decisão de utilizar o Eustáquio hoje não fosse pacífica. Tivemos uma paragem e tivemos duas vezes dois dias de folga para descansar e limpar a cabeça. O Eustáquio voou, foi para um país com um fuso horário diferente e fez três jogos, dois deles completos. Viajou e disponibilizou-se para jogar. O Eustáquio tem um perfil de muito respeito pela sua profissão e se ele me diz que está em condições, eu acredito. Acabou o jogo e ele disse-me: 'Mister, desculpe. Dei tudo o que tinha'. Isto faz dele um jogador que pode perfeitamente ser de equipas de outra dimensão. 

Galeno? Esperava que fosse titular. Ele é um jogador fortíssimo em situações de um contra um, é capaz de receber e ir para cima do nosso lateral. Nesse caso, as coberturas têm de estar próximas ou o jogador vê-se obrigado a baixar posição. Com toda a gente fresca, seria mais difícil para o Galeno fazer o que fez. Ele beneficiou por ter entrado ao intervalo.  O Fernando fez um jogo incrível e em situações difíceis, o Flávio esteve por perto. Este trabalho é importante quando defrontamos jogadores muito fortes de um para um.»