A pouco e pouco, o Bessa começa a tornar-se um forte. O Boavista somou a terceira vitória nos últimos cinco jogos em casa, frente ao sensacional Paços de Ferreira (2-0), e respira cada vez melhor na luta pela permanência.

De surpresa a certeza, os castores têm perdido fulgor e registam apenas uma vitória em cinco jogos. A equipa pacense mostrou pouca agressividade, sobretudo nos duelos, e depois de estar a perder por 2-0 faltou-lhe inteligência e quiçá, alma para reentrar na discussão do resultado. De resto, Pepa fez o que lhe competia e foi agitando a equipa a partir do banco, embora sem sucesso.

A precisarem de pontos para fugirem à despromoção, os axadrezados tiveram um início bem interessante e logo aos três minutos, Angel ficou perto de um belo golo de fora da área. Por sua vez, o Paços respondeu e teve uma ocasião soberana para se adiantar no marcador. Porém, Hélder Ferreira mostrou displicência e falhou o alvo.

O início de jogo prometia, é preciso confessar. No entanto, o golo do Boavista aos 13 minutos, da autoria de Yusupha, acabou por virá-lo do avesso. Numa jogada bem construído pelo corredor central, Show libertou Elis na direita e o avançado serviu o gambiano para o1-0. Uma associação que parece estar, por fim, a resultar.

Em vantagem no marcador, a pantera mudou a abordagem ao jogo. Esperou o assalto do Paços à baliza de Léo, juntou linhas e fechou-se mais do que o tinha feito até então. Ao mesmo tempo, nunca eixou de procurar sair em transições. Foi assim, por exemplo, que Angel ficou perto do 2-0 - acertou no poste.

Sempre que o oponente lhe pregava um susto, o Paços espevitava. Depois de ter sido bafejado pela sorte no lance em que Angel atirou ao ferro, Zé Uilton obrigou Léo a defender para o poste num pontapé de fora da área.

Era o melhor período do jogo. Sentia-se que poderia haver um golo até ao intervalo e assim foi. Cannon furou pela direita, entrou na área e foi travado em falta por Martín Calderón (substituiu Eustáquio). Angel não tremeu e fez o 2-0.

O Paços de Ferreira saiu para o intervalo a reclamar penálti por alegado braço de Devenish na área, mas Tiago Martins teve outro entendimento após rever as imagens no monitor. 

Como seria de esperar, o Boavista tapou quase todos os caminhos para a baliza de Léo e dificultou imenso a tarefa do Paços de Ferreira. Ainda assim, os castores tiveram uma ou outra chance para reentrarem no encontro: Luiz Carlos acertou com o joelho no ferro num lance caricato. 

Com o decorrer dos minutos, os axadrezados tornaram-se mais perigosos e poderiam ter construído um resultado mais volumoso. Todavia, tanto Elis como Nuno Santos não foram capazes de marcar.

Resultado justíssimo.