Por Arnaldo Cafofo

Nelo Vingada, treinador do Marítimo, depois da vitória por 1-0 sobre a Académica para a 24ª jornada da Liga:

«A primeira parte foi um pouco fraca. Na segunda parte fizemos o 1-0 e depois ganhamos o jogo como muitas vezes as grandes equipas ganham: a sofrer e aqui e ali a defender e a tentar evitar que a bola rondasse  a nossa baliza.

A Académica tentou, aproximou-se e também fez o seu papel e bem. Esta vitória trouxe-nos o conforto pontual nesta altura. Mas só o conforto pontual, porque em termos matemáticos não traz mais nada do que isso. Continuando a ser realista, que este resultado nos permita agora podermos ser um bocadinho aqui e ali mais personalizados e jogar de acordo com aquilo que é o nível individual dos jogadores. Nos últimos jogos, por causa dos castigos e das lesões, temos mudado sempre a equipa;. A resposta hoje dos que jogaram e que já há algum tempo não jogavam, caso do Babá e do Ghazaryan, acabou por ser muito positiva. De algum modo em termos de ritmo de jogo excederam aquilo que poderiam aguentar.

A equipa está de parabéns e também os adpetos porque são uma parte importante. São a alma de um clube. Os jogadores também foram merecedores, pela entrega e pela luta. Também porque souberam sofrer, porque não é só o Marítimo que sofre. Quando vejo muitas equipas consideradas grandes que às vezes ganham jogos a sofrer... Temos exemplos desses todas as semana e em todos os campeonatos.

«É normal que quando duas equipas estão em inferioridade no caso de um resultado, como aconteceu com a Académica, haja uma tentativa de se chegar á frente. Também uma coisa que não se pode controlar  no futebol que é o instinto de conservação. Isto é, os jogadores sentiram que se calhar a partir de uma determinada altura podiam e tinham capacidade para controlar o resultado. Conservámos o resultado e estamos também felizes por isso»