Enquanto se comem as 12 passas à meia-noite do dia 31, pedem-se desejos e imaginam-se resoluções para o novo ano. Porém, nem sempre as ideias e ambições que temos se cumprem.
Certamente que Boavista e Portimonense traçaram promessas antes da mudança do ano, mas estiveram longe de as concretizar em absoluto.
O Boavista concretizou o desejo de ter um futebol mais positivo e colorido. No fundo, apresentou uma ideia de jogo que lhe permitisse ter ascendente sobre os adversários e, por isso, trocou Lito Vidigal por Daniel Ramos. A estreia do técnico foi amarga pese os sinais positivos.
Por sua vez, os algarvios mantêm os antigos hábitos no novo ano civil: somaram um ponto, é verdade, mas continuam com apenas duas (!) vitórias na Liga.
Daniel Ramos recuperou Bueno e Helton Leite, jogadores nem sempre foram primeiras escolhas para Lito. Já Folha não pode contar com Jackson Martínez por questões contratuais nem com Tabata – ao serviço da seleção olímpica do Brasil.
FICHA E FILME DE JOGO
A pantera cedo mostrou vontade de cumprir as promessas realizadas à meia noite. Logo aos oito minutos, Obiora ficou perto do 1-0 num golpe de cabeça. Heriberto, por seu turno, teve mais pontaria e viu Ricardo Ferreira opor-se com qualidade.
O Portimonense tinha facilidade em ter bola, mas dificuldade em criar situações para marcar. Além de dois livres ensaiados e dois pontapés fracos de Lucas e Henrique que criaram frisson junto à baliza de Helton, os algarvios tiveram um golo anulado. A construção da jogada é simples: pontapé longo de Jadson, Henrique ganhou a dividida a Fabiano e isolou Aylton que atira a contar. O lance acabou por ser anulado pelo VAR após cinco minutos de análise: o avançado estava em posição irregular por oito centímetros.
A reta final da primeira parte e o arranque da segunda voltou a ser do Boavista. Após permitir a intervenção de Ricardo Ferreira quando seguia isolado, Stojiljkovic marcou mesmo a abrir o segundo tempo. Porém, o lance foi invalidado e desta vez, sem recurso ao VAR.
As ameaças do sérvio deveriam ter sido levadas a sério pelos algarvios. Já para lá da hora de jogo, o avançado cabeceou para o fundo da baliza o canto de Rafael Costa e ofereceu a vantagem ao Boavista. Justa, diga-se.
Além de um cabeceamento de Dener a rasar o poste, o Portimonense foi inofensivo nos primeiros vinte e cinco minutos da etapa complementar. O golo sofrido obrigou a equipa de Folha a superar-se e a ser mais perigosa. Ainda assim, a postura no jogo não deve ser ditada pelo marcador.
Helton evitou o chapéu de Beto – substituto do lesionado Lucas Fernandes -, mas nada pôde fazer perante a cabeçada de Dener aos 90+4.
Em suma, as resoluções para o novo ano foram adiadas.