A figura: Gabriel, em nome da avó
Não é novidade que o brasileiro parece outro sob o comando de Bruno Lage, mas a exibição frente ao Desp. Chaves terá sido, porventura, a melhor de águia ao peito. Soberba a assistência para o golo de Seferovic, assim como outros ao longo do jogo que também podiam ter terminado em festa. Quando o deixam jogar de “cadeirinha” mostra o lançador exímio que é, e assim que a bola chega aos seus pés os avançados disparam à procura das costas da defesa. Uma exibição certamente dedicada à avó, que acaba de perder.
O momento: a crença de Félix abriu caminho à goleada
O Benfica sentiu dificuldades para contornar a organização defensiva do Chaves nos instantes iniciais, e chegou à vantagem sem ter feito muito por isso. Mérito de João Félix, que acreditou num cruzamento largo de Pizzi e criou o golo inaugural, apontado por Pizzi (19m).
Outros destaques:
João Félix
Para além da «meia-assistência» para o primeiro golo, o jovem avançado marcou o segundo e ainda serviu Jonas para o último golo da noite. Mais uma exibição de encher o olho, que nem a mudança para a ala, após a entrada de Jonas, condicionou.
Seferovic
Marcou o 15º golo na época, isolando-se na liderança da lista de melhores marcadores, mas antes disso já tinha estado em destaque com um excelente passe para João Félix, no lance do golo do jovem avançado.
Rafa
Marcou o primeiro golo e foi mesmo o elemento mais ativo na fase inicial do jogo, aquela em que o Benfica sentiu mais dificuldade para contornar. Teve mais duas ou três ocasiões em que podia ter marcado na primeira parte.
Florentino
A exibição de Gabriel também tem muito mérito de Tino (como Bruno Lage o trata). Na estreia a titular na Liga mostrou os argumentos que fazem dele uma opção muito válida: um verdadeiro «perna-longa» nos desarmes, que depois ainda revela enorme influência no processo de construção. Joga com enorme tranquilidade, mesmo quando recebe a bola dentro do bloco defensivo do adversário, resistindo à tentação de tocar logo para trás quando joga de costas para o ataque.
Rúben Macedo
Esteve ligado a tudo o que o Chaves fez do ponto de vista ofensivo. Tirou um cruzamento perigoso para Platiny logo ao minuto 7, e logo a seguir testou os reflexos de Vlachodimos (16m). Na segunda parte dispôs de uma boa ocasião para bater o grego, depois de uma defesa incompleta, mas atirou torto.