A malta quer é festa!
E desta vez era certinha.
Ainda antes do apito inicial no Estoril, já se sabia que no final alguém ia celebrar. Fosse qual fosse o resultado.
A vitória do Estoril assegurava-lhe o fim do sofrimento na luta pela permanência.
Um empate ou triunfo do Arouca garantia-lhe a última vaga de apuramento para as competições europeias.
E ambas as equipas quiseram ser felizes.
O Estoril entrou autoritário a pegar no jogo desde cedo, mas nervoso na zona de definição. Marqués, Guitane e, sobretudo, Tiago Gouveia desperdiçaram várias oportunidades… para rematar.
A equipa fazia tudo bem, mas depois esquecia-se de rematar. E assim fica difícil ser feliz.
Já o Arouca, mais tranquilo, e empurrado pelo forte vento que se fazia sentir, foi crescendo com o desenrolar do jogo e, ao contrário do Estoril, não perdia autorização a ninguém para rematar.
E graças a esse detalhe, ficou três vezes perto de marcar ainda na primeira parte, uma delas num remate de muito longe de Mujica que acertou em cheio no poste.
Mas tudo o vento mudou.
Sim, o vento assume papel de destaque neste jogo.
Se o Arouca ficou perto de o aproveitar na primeira parte, o Estoril jogou bem com ele na segunda.
João Carvalho testou-o aos 64m na marcação de um canto que acertou em cheio na trave.
Foi por tão pouco.
Mas festa que é festa pede foguetes.
E João Carvalho tinha um muito especial guardado. Que tiro! Um «foguete» para a festa.
O médio recebeu um lançamento lateral de Joãozinho, puxou um metro para dentro e rematou fortíssimo ao ângulo da baliza de Arruabarrena.
A sério: se não viu, veja o golo. É claramente candidato a melhor do campeonato.
E com a festa já a instalar-se nas bancadas, o Estoril ainda lhe deu mais força.
Num contra-ataque rapidíssimo, Cassiano e Rodrigo Martins, dois jogadores saídos do banco, construíram o golo que fez soltar os outros foguetes.
Desta vez, foguetes no sentido literal. A permanência teve direito a fogo de artifício na Amoreira.
A festa do Arouca fica guardada, para já. Falta-lhe um ponto.