*Por Ricardo Lopes

Tarde gélida de futebol em Chaves, que culminou com a segunda vitória consecutiva dos homens da casa. Num jogo em que o equilíbrio foi a nota dominante, um golo de Bressan foi decisivo. Os madeirenses tiveram sempre mais bola, mas foram pouco objetivos.

Confira a FICHA DO JOGO

Foi um Marítimo personalizado e a pressionar bem alto aquele que se mostrou nos primeiros minutos da partida em Chaves. Fruto dessa pressão, ou até do intenso frio que se fazia sentir, a equipa de Tiago Fernandes tinha dificuldades em soltar-se do colete de forças em que a formação de Petit a havia colocado.

A primeira parte, de resto, foi muito disto. Um Marítimo dono e senhor da posse de bola, fazendo-a circular um pouco por todos os setores, em busca de um espaço em direção à baliza de António Filipe, que mais pareceu um dos cerca de 2.500 espectadores que marcaram presença no Estádio Municipal Eng. Manuel Branco Teixeira.

Do lado contrário, os flavienses iam aos poucos soltando-se da pressão e, com algumas transições rápidas, essencialmente levadas a cabo pelas setas Luther Singh e Rúben Macedo, lá metiam em sentido um Marítimo bem adiantado no terreno. Paulinho, em duas ocasiões (13’ e 26’), atirou perto da trave de Charles, já depois de Luther ter obrigado o guardião insular a aplicar-se para evitar o primeiro golo.

Estava, enfim, melhor o Chaves, mas a saída de uma peça chave do meio campo como é Costinha (lesionado), fez temer uma quebra na criatividade da equipa, que a partir daí passou a atacar preferencialmente pelas alas. Foi num desses momentos, de resto, que William rematou à meia volta para mais uma estirada de Charles, à qual respondeu o Marítimo com uma tentativa algo tímida de Correa, que António Filipe encaixou com facilidade.

Para o segundo tempo, a toada da partida não só não se alterou significativamente como ainda piorou. O medo de perder tomou conta das equipas e com isso, a qualidade do espectáculo sofreu bastante. Sem aproximações dignas de registo de qualquer uma das equipas, é pertinente passar-se de imediato para o minuto 70, quando Djavan lançou a corrida de Luther pelo flanco esquerdo. O sul africano cruzou ao segundo poste onde apareceu William a amortecer de cabeça para o remate triunfal de Bressan.

O jogo ganhava, enfim, alguma animação, tanto que, na resposta, os madeirenses estiveram perto de igualar, mas Paulinho salvou os flavienses quando a bola se encaminhava para o fundo das redes.

Até ao final, os insulares carregaram na procura do empate, mas sem efeitos práticos no que a oportunidades de golo diz respeito. O Chaves, por seu turno, fechou a baliza a sete chaves e segurou o triunfo que lhe permitiu, ainda que à condição, sair da zona de descida.

O resumo do jogo: