Gil Vicente e Marítimo empataram-se na tarde deste domingo no Estádio Cidade de Barcelos. João de Deus ainda não pode «festejar» a permanência, enquanto que o Marítimo falha o acesso à cabeça do pelotão na perseguição ao Nacional na luta pelos lugares europeus. Derley abriu o ativo ainda no primeiro tempo, mas em superioridade numérica o Gil acabou por conseguir o empate já depois de ter desperdiçado uma grande penalidade.

Uma vez mais sem o principal estratega da equipa, César Peixoto, que fica fora das opções por motivos físicos, João de Deus apostou numa estratégia diferente da última jornada. Em vez do médio de características mais defensivas Alphonse, o Gil jogou com Caetano no miolo, entrando Diogo Viana para o onze inicial. Mais criatividade, mobilidade e audácia, portanto, no miolo da equipa de Barcelos.

Na equipa do Marítimo, em relação à derrota da última jornada diante do Sporting, Gegé saiu da defesa dando o seu lugar a Luís Olim, enquanto que Sami foi a novidade no ataque relegando Danilo Dias para o banco de suplentes.

Marítimo adaptou-se melhor ao estado do terreno

A chuva torrencial que se fez sentir em Barcelos foi um dos principais intervenientes do jogo. Sem que nada o fizesse esperar, para além dos muitos espetadores que tirou ao encontro, a chuva abundante empapou o terreno e fez com que fosse a principal nota de destaque nos primeiros minutos em que a bola começou a rolar.

O Marítimo adaptou-se melhor às condições climatéricas e colocou-se em vantagem aos 17 minutos pelo inevitável Derley. De grande penalidade, a castigar mão na bola de Danielson, o avançado brasileiro colocou o conjunto de Pedro Martins em vantagem. Isto já depois de o Marítimo ter dado um primeiro aviso aos de Barcelos também por intermédio de Derley e de Artur.

Fez-se tardar, mas acabou por chegar a resposta Gilista. João de Deus terá mesmo pensado que o intervalo chegou em péssima altura para os seus homens, que reuniam as tropas no ataque e faziam um autêntico assalto à baliza de Salin, sob o comando de Hugo Vieira.

Mais Gil em superioridade numérica

Nem sempre os melhores timoneiros dão o melhor exemplo, e foi precisamente assim que começou o segundo tempo. Hugo Vieira, o líder da rebelião Gilista, conquistou uma grande penalidade a Márcio Rozário e assumiu a marcação da mesma. O número 70 atirou por cima, mas ainda assim este lance viria a ser determinante para o desfecho do encontro.

Márcio Rozário foi expulso e empurrou o Gil Vicente para uma supremacia até então pouco notada no segundo tempo. Cateano teve nos pés a possibilidade de conferir a cambalhota no marcador, mas esbarrou com a bola no corpo de Salin que se saiu destemido ao lance.

O apito final de Rui Costa conferiu o empate a uma bola a um jogo disputado com poucas condições e em que nem sempre o futebol nem sempre foi muito atrativo. O empate acaba por se ajustar, apesar de o Gil ter dado mostras de querer mais quando estava em superioridade numérica. Na próxima jornada o Marítimo recebe o Arouca, ao passo que o Gil volta a jogar no seu terreno recebendo o Belenenses.