Paços de Ferreira-Arouca, 3-1 (crónica)

Depois do triunfo sobre o V. Guimarães há uma semana, novo triunfo confortável e robusto (3-1) sobre o Arouca a deixar os homens da Mata Real ainda mais tranquilos: dois triunfos consecutivos, inédito neste campeonato, ao sabor de Bebé e Dell Valle, a permitir galgara mais um lugar na tabela, ultrapassando o Arouca.

Sem poder contar com Cristian Ceballos, principal referência do ataque, o Arouca apresentou-se na Mata Real com o tunisino Lassad novamente nas primeiras opções e como homem mais adiantado da equipa que trajou de negro. Jorge Costa, apesar de contar com os regressos de Ricardo e de Hélder Lopes, que cumpriram castigo na última jornada, fez apenas uma alteração no seu conjunto comparativamente com último jogo, em que venceu em Guimarães. O castigado Romeu deu o seu lugar no meio campo a Rui Miguel.

Oxigénio pacense durou pouco tempo

O oxigénio obtido com o triunfo em Guimarães na última jornada e a consequente entrada em campo sem o estigma de equipa em posição de descida, proporcionou ao Paços de Ferreira uma entrada forte no encontro com o Arouca. Os dez minutos iniciais foram muito fortes com várias incursões ofensivas que puseram o último reduto do Arouca em sentido. O expoente máximo foi a bola enviada ao ferro por Bebé à passagem do minuto treze.

Parece que foi sinónimo de azar. O Paços não mais se encontrou, acusou o toque de não ter marcado nas oportunidades iniciais e voltou a ver-se o Paços da cauda da tabela. Aproveitou o Arouca para crescer no encontro e dar sinais de vida.

Dupla Del Valle e Bebé resolveram

A entrada prometedora do Paços, mas sem se traduzir no marcador. Quando o Paços ameaçava ruir e voltar a tremedeira, as duas «setas» da equipa resolveram o encontro. Ainda no primeiro tempo, no terceiro dos quatro minutos de compensação, Del Valle inventou um golo por sua própria conta e risco. Grande golo, apenas o primeiro momento vistoso da tarde. Esperava-se uma reação do Arouca, mas foi o Paços a reagir ao seu próprio golo com novo tento. Desta vez não marcou, mas serviu na perfeição Bebé para o miúdo cedido pelo Manchester United encostar.

O Arouca era inexistente e apenas conseguiu reduzir a desvantagem numa grande penalidade esquisita já muito perto do apito final. David Simão converteu e estabeleceu o resultado final de três bolas a uma para o Paços de Ferreira.

Três bolas a uma porque antes disso Bebé havia desenhado uma obra de arte. Passou por Nuno Coelho com um toque acrobático de calcanhar e com um remate potente bateu Cássio. Para ver e rever este golo cheio de irreverência e de futebol no seu estado mais puro.

Três pontos saborosos e importantíssimos a juntar aos conquistados na última jornada. Pela primeira vez na presente edição do campeonato o Paços de Ferreira sabe o que é vencer dois jogos consecutivos, cavou uma almofada de conforto para a linha de água. Ultrapassou o Arouca.