*por Adérito Esteves

A figura: Bonatini


Na primeira parte esteve um pouco afastado do jogo, devido, sobretudo, ao fato de ter de sair da área para procurar jogo que teimava em não lhe chegar. Na segunda parte, perante o domínio absoluto da sua equipa, teve oportunidade de se mostrar mais. Primeiro tentou com um remate de fora da área para depois, no seu habitat, dizer “sim” a um cruzamento de Anderson Luís, dando mais três pontos aos estorilistas.


O Momento: Kieszek segura a vitória

A quatro minutos do fim, o Tondela teve oportunidade de empatar, beneficiando de uma grande penalidade. Porém, o polaco, qual cubo de gelo, esperou pacientemente pela decisão de Piojo e defendeu a cobrança da falta, pondo termo às aspirações tondelenses.


Outros destaques:

Luís Alberto:

Reconvertido em médio-ofensivo, o brasileiro funciona sempre como referência da construção do ataque dos tondelenses. Foram dele os primeiros dois remates da partida. Aparece muitas vezes a concluir as jogadas de bola parada. Falta-lhe o fulgor de antigamente e na segunda parte viu-se pouco, o que se refletiu na perda de qualidade do jogo da equipa.

Gerso:

O veloz extremo estorilista carrilou muito do jogo estorilista na primeira parte pelo flanco esquerdo, sendo o espelho da equipa na falta de objetividade na hora de decidir. No segundo tempo a receita repetiu-se a receita mas o número 10 regressou ao campo claramente com instruções para rematar mais. Tornou-se mais perigoso e fez a cabeça em água a Edú Machado. Saiu esgotado a 15 minutos do fim da partida com sentimento de dever cumprido.

Matt Jones:

Muito atento, o guardião inglês conseguiu sempre sacudir o perigo criado pelos estorilistas, sobretudo na segunda parte. Transmite uma enorme segurança aos companheiros da linha mais recuada. Bem se esticou no golo do adversário, mas não podia fazer nada.

Adeptos do Estoril:

Apoiar quando a equipa que apoiamos está a ganhar é fácil. Mas para passar mais de 90 minutos a cantar e a puxar pelos seus ídolos é… pouco comum em Portugal. Os adeptos que viajaram da Amoreira até ao interior do país avisaram que ninguém os ia “calar” e que estavam ali “para ganhar”. Venceram e o futebol também ganha com a postura.