Já em festejos pela segunda qualificação consecutiva para a Liga Europa, Estoril empatou sem golos em Barcelos num jogo em que ficou a jogar com menos um elemento logo aos dez minutos. Vagner foi expulso ao cometer uma grande penalidade sobre Hugo Vieira. Prevaleceu o desacerto atacante numa tarde de futebol tímido em Barcelos.

Com este resultado, que até acaba por ser positivo para o Estoril face às circunstâncias. Perante um Gil pouco ortodoxo mas com muita vontade, os homens de Marco Silva fizeram um bom jogo controlando as operações. Ainda assim, o resultado não é suficiente para apertar com o FC Porto na luta pela Liga dos Campeões.

Pela primeira vez nesta edição da Liga sem Gabriel, foi Pek’s quem ocupou o lado direito da defesa do Gil Vicente numa das duas substituições operadas por João de Deus para este encontro. Luís Martins ocupou o lugar do lesionado Vítor Vinha. No Estoril Marco Silva trocou apenas Bruno Miguel pelo castigado Yoan Tavares no eixo da defesa.

Estoril com dez, mas quem abana é o Gil

A uma vitória de alcançar os trinta pontos almejados por João de Deus, o Gil Vicente tentou impressionar o Estoril com uma entrada forte liderada por Diogo Viana. Estava tudo encaminhado para esse ímpeto inicial até dar frutos. Bola para Hugo Vieira nas costas da defesa «canarinha», típico deste Gil Vicente, e Vagner a cometer grande penalidade indiscutível com direito a expulsão.

Hugo Vieira voltou a falhar na marca dos onze metros, permitiu a defesa ao estreante Ricardo Ribeiro que saiu da sombra de Vagner para parar a grande penalidade do conjunto de Barcelos. Mesmo a menos um, o Estoril reorganizou-se e manteve-se igual a si próprio. Uma equipa com identidade e personalidade, que não abanou com as adversidades.

Quem abanou foi o Gil Vicente, que desceu aos balneários para o intervalo debaixo de um coro de assobios. Estava em superioridade, mas acusou o toque e a entrada fulgurante esmoreceu. Não houve capacidade de construir jogo nem de importunar Ricardo Ribeiro. O Estoril, com uma postura digna de registo, até ia ousando testar a atenção de Adriano Facchini.

Mosquera e Balboa foram armas pouco secretas

Toada e resposta, pouca criatividade de parte a parte e um Gil Vicente a sentir na pele o fator casa e a vantagem numérica. O Estoril ia controlando o jogo enquanto via o Gil Vicente tentar com mais alma do que cabeça chegar à baliza de Ricardo Ribeiro. De quando em vez lá ia saindo um cruzamento ou um remate, mas tudo muito forçado.

Não havia meio de atar ou desatar, Mosquera por parte de João de Deus e Balboa por parte de Marco Silva foram as apostas de Gil Vicente e Estoril para tentar dar um abanão no encontro. Fora armas pouco secretas que não tiveram o condão de abanar o jogo.

Mal menor para o Estoril, prossegue a onda de euforia com os jogadores a dar as camisolas aos adeptos para festejar o quarto lugar. O Gil parece partir para nova fase de procura de identidade. Voltou a falhar a meta dos trinta pontos e já não ganha há seis jogos.