É um triunfo que vale ao Gil Vicente um salto na classificação e a fuga aos aflitos do campeonato. Cada vez mais em queda está o Nacional que averbou a sexta derrota consecutiva e do 9.º lugar, posição que ocupava na última vez que venceu, a turma madeirense pode passar para os lugares de despromoção.

Emocionalmente mais estável, a equipa de Barcelos fez da eficácia a principal arma: o primeiro remate enquadrado com a baliza contrária, aos 55’, Marques marcou golo; o segundo, aos 71’, Samuel Lino marcou golo. E estava consumada mais uma vitória para o Gil Vicente e a subida, provisória, ao 10.º posto.

Primeira parte do Nacional

Equipa que ganha não se muda. Ricardo Soares fez da velha máxima do futebol realidade e colocou em campo o mesmo onze que esteve no triunfo em Guimarães. Já Luís Freire fez quatro mudanças depois da derrota no dérbi madeirense, duas na defesa e mais duas no ataque. Saltaram para o banco Lucas Kal, Witi, Riascos e Marco Matias e entraram para o onze Pedrão, João Vigário, Vincent Thill e Rochez.

Depois de dez minutos de estudo mútuo, o Nacional passou a ter o ascendente de jogo. Os insulares, com um meio campo bem preenchido e com as linhas muito juntas, obrigava o Gil Vicente a procurar o jogo exterior ou atacar a profundidade. No entanto, a formação gilista não conseguia furar a defensiva forasteira, que recuperava facilmente o esférico.

Por seu turno, a turma madeirense conseguia jogar entrelinha, chegando com mais facilidade à baliza local. Rochéz e Thill foram os que tiveram mais perto de inaugurar o marcador. O primeiro, obrigou Denis a defesa apertada e, depois, ofereceu o golo a Gorré, que chegou atrasado à emenda. Já o luxemburguês rematou por duas vezes e em ambos os casos saiu rente ao ferro.

O técnico gilista, aproveitando uma paragem no jogo, fez uma miniconferência com os jogadores, tentando ter maior variação de flanco, mas os resultados não foram os esperados, sendo o Nacional a ter mais bola.

Eficácia do galo

O recomeço do segundo tempo fazia crer que pouco tinha mudado, pois os madeirenses continuavam a estar melhor na partida. Porém, no primeiro remate do emblema de Barcelos enquadrado com a baliza contrária marcou golo. Boa combinação entre Claude e Lourency e este último a cruzar milimetricamente para o coração da área onde Marques atirou lá para dentro.

Um pouco contra a corrente do jogo, o Gil Vicente punha-se em vantagem e, aproveitando a instabilidade emocional dos insulares, os galos passaram a ser donos e senhores do jogo. E não foi preciso esperar muito pelo segundo golo. Lucas Mineiro roubou o esférico a Júlio César, foi por ali fora e ofereceu o golo ao recém-entrado Samuel Lino, que com um remate cruzado ampliou a vantagem barcelense.

Até ao final, os gilistas tentaram chegar ao terceiro no contra-golpe, mas não foram bem-sucedidos. De resto, a registar dois cartões vermelhos, um para cada lado. Júlio César travou Leáuty, que se isolava, e João Afonso viu o duplo amarelo.