Nacional e Sporting de Braga empataram neste sábado sem golos no arranque para 16.ª jornada da I Liga, num jogo muito tático e com poucas oportunidades de golo. Esperava-se mais dos bracarenses nesta deslocação à Madeira, é certo. Mas a equipa insular apresentou-se muito segura e lutadora e até dispôs das melhores oportunidades de golo.

Logo após o início da partida, o Sp. Braga procurou instalar-se no meio campo da equipa da casa, conquistando dois cantos seguidos, tendo criado um lance com algum perigo. Mas quem estava à espera de um domínio por parte dos «guerreiros», condizente com o terceiro lugar que ocupa na tabela (agora à condição), cedo mudou de ideias.

O Nacional começou depois a exercer uma forte pressão sobre a primeira fase de construção do jogo bracarense, não permitindo que os visitantes fizessem aquilo que muito gostam, que é manter a posse de bola em constante circulação até encontrar espaços na defensiva contrária.

A pressão do Nacional quase deu frutos aos 10 minutos, quando após uma falha de André Pinto num atraso para Marafona, deixou Tiago Rodrigues isolado perante o guarda-redes do Braga. O médio do Nacional entrou na área mas atirou ligeiramente lado.

O Sp. Braga não acusou o lance, mas também não conseguiu libertar-se da bem montada «teia» de Jokanovic, pois o Nacional foi mantendo as suas linhas muito próximas umas das outras e a atuar com um espírito de entreajuda e concentração raramente visto esta época.

A única exceção nesta toada surgiu aos 36 minutos, quando o Sp. Braga conseguiu assinar a melhor combinação da partida, com uma tabelinha entre Djavan e Horta, que deixou o brasileiro solto na área: o remate saiu à figura do atento Rui Silva.

O intervalo chegou com o jogo muito encaixado e sem grandes momentos de emoção, com a exceção para alguns lances de disputa acesa pelo esférico a meio campo, e que valeram três cartões amarelos a jogadores do Sp. Braga. Sem espaços, ambas as equipas abusaram de lançamentos longos na procura de desequilíbrios. 

No reatamento, o Nacional criou a terceira grande oportunidade de golo do jogo. Aos 46 minutos, Hamzoui ganhou entre os defesas minhotos e rematou por cima, talvez deslumbrado com tamanha facilidade concedida.

O lance não espevitou o jogo, já que o encaixe tático que perdurou nos primeiros 45 minutos voltou a instalar-se em campo, apesar de ser notório que o Sp. Braga havia reentrado na partida com uma intenção clara de procurar fazer as transições com mais rapidez e objetividade.

Só que pelo lado do Nacional mantinha-se a mesma tática aguerrida, que não dava mostras de abrir brechas em breve. Jorge Simão não quis esperar muito tempo e de uma assentada operou duas substituições. Aos 60, fez entrar Rodrigo Pinho e Alan, por troca com Ricardo Horta e Crislan.

Jokanovic não demorou muito tempo a responder, e meteu Bonilla e Witi nos lugares de Hamzaoui e Williyan.

O jogo ganhou emoção, já que começaram a suceder-se lances de perigo em ambas as balizas, em particular na defendida por Rui Silva. Mas quando não foi a defesa do Nacional a resolver, encarregaram-se os homens do Sp. Braga a complicar. O mesmo aconteceu com Rui Correia, que já em tempo de descontos, não conseguiu aproveitar já dentro de grande área. O empate acabou assim por não ser desfeito, e até assenta bem pelo que se passou ao longo dos 90 minutos.