A luta pela manutenção está ao rubro e os jogos prometem emoção e espetáculo. Isto se todos eles forem como este Nacional-Tondela, que terminou com o marcador favorável aos madeirenses. A partida da 24.ª jornada foi com 1-1 para o intervalo e o resultado final premiou a garra da equipa de Costinha, que soube reagir ante um Tondela que só cedeu ao derradeiro golo de Vítor Gonçalves.

O Nacional foi a jogo com duas alterações face ao duelo com o Santa Clara. Rochez cedeu o lugar a Rashidov no ataque e Tissone substituiu o castigado Marakis no meio campo. No Tondela, Pepa operou três mudanças no onze: saíram António Xavier, Peña e Delgado, para as entradas de Pité, João Pedro e Murilo.

Pepa queria uma resposta às duas derrotas seguidas e a formação beirã entrou a pressionar a toda a largura. O Nacional conseguiu libertar-se momentaneamente para protagonizar os primeiros lances de perigo, com um cabeceamento de Rashidov (12’) que saiu pouco por cima da baliza. Mas seria o Tondela a marcar. Antes do golo, Ricardo Costa cabeceou perto da trave da baliza de Daniel Guimarães (17’).

O Tondela, coeso a defender, exibia critério nas transições, na rapidez de Murillo. Depois de deixar alguns avisos, o venezuelano isolou-se a passe de Tomané e foi derrubado por Daniel para um penálti que Tomané tratou de converter para desfazer o nulo (22’).

O golo não caiu bem ao Nacional. A equipa de Costinha demorou a recompor-se ante um Tondela mais tranquilo e com argumentos para gerir o ritmo do jogo, mas sem deixar de criar perigo no último reduto dos madeirenses. O ‘ministro’ pediu mais pressão alta à equipa e concentração nos passes. E acabou por colher os frutos.      

Nacional-Tondela, 3-2: a ficha e o filme do jogo

Aos 36’, um livre cobrado por Palocevic sobrou para Kalindi fora da área, que encontrou Cerqueira a rematar cruzado dentro daquela. Cláudio Ramos defendeu para a frente e Riascos, bem colocado, só teve de encostar.

O Tondela reagiu e até ficou muito perto de nova vantagem: Ricardo Costa cabeceou com perigo após canto. O Nacional ficou depois sem Riascos, por lesão, mas já com Okacha Hamzaoui, foi a equipa que mais procurou o segundo golo até ao descanso. Os últimos cinco minutos da primeira parte tiveram a área de Cláudio Ramos como palco. Foi um autêntico sufoco para os tondelenses.

O reatamento foi algo morno mas, à hora de jogo, Tomané e Ricardo Costa deixaram os primeiros avisos de que o marcador ia voltar a mexer. Mas não seria para o Tondela: o Nacional deu a volta através de Tissone, que aproveitou um ressalto na grande área para bater Cláudio Ramos, aos 62’.

O Nacional estava por cima do jogo, criando também lances de perigo, mas acabou por consentir o empate, quatro minutos após o 2-1: numa jogada coletiva bem construída, Joãozinho cruzou para o cabeceamento do defesa marroquino Moufi, que se estreou a marcar pelo Tondela, fazendo o 2-2 (66’). O lance contou com confirmação do VAR, pois Kalindi ficou caído no relvado no início da jogada.

A partida entrou depois uma fase marcada por muitas faltas e quezílias. Tal como Riascos, Moufi saiu lesionado após marcar (76'). O jogo partiu-se um pouco, mas estava bem vivo. E coube ao Nacional ser mais eficaz. Aos 83’, o capitão Vítor Gonçalves deixou os adeptos da casa à beira da loucura, finalizando ante Cláudio Ramos, após um cruzamento rasteiro de Kalindi.

A equipa de Pepa quebrou com a segunda situação de desvantagem e, até ao final, Hamzaoui pecou na finalização para desfazer a vantagem mínima.