O Rio Ave esteve tão perto, mas tão perto, de obter a primeira vitória no grupo J da Liga Europa, mas um golo nos últimos segundos impediu esse triunfo, que seria merecido.

Em partida interessante, embora muito marcada pelo terreno escorregadio, tudo apontava para 2-1 para o Rio Ave, mas o 2-2 surgiu por Filip, mesmo no final.

A equipa de Pedro Martins reagiu bem às três derrotas nas três primeiras jornadas. Mostrou vontade, cabeça e muito coração. Não merecia, de forma alguma, dizer já adeus à próxima fase da Liga Europa.

Menos forte do que se esperava, o Steaua fez um jogo de expetativa e pouca intensidade. 
 
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O Rio Ave chegou ao intervalo em vantagem, com alguma felicidade, mas também com muito mérito.
 
A equipa portuguesa começou com vontade, lançada pelas iniciativas individuais de Ukra e Diego Lopes. Mas o golo tardava em aparecer e, com o avançar dos minutos, o Steaua crescia no jogo.
 
Tanase, o 10 dos romenos, tentava remates de longe, bem colocados e a obrigar Ederson (em estreia na Liga Europa) a manter os níveis de atenção.
 
Com boa circulação de bola, mas jogo pouco veloz e relativamente previsível, o Steaua foi afirmando o seu futebol e dava mostras de poder mandar no jogo.
 
Mas do lado vilacondense havia, essencialmente, dois trunfos: a vontade coletiva de ganhar finalmente um jogo nesta fase de grupos e o inconformismo das duas unidades já destacadas (Diego Lopes e Ukra).
 
E foi mesmo assim que o Rio Ave chegou à vantagem: livre da direita, muito bem medido por Ukra, para a cabeça de Diego Lopes, que voou para o golo.
 
1-0, minuto 35, explosão de alegria nas bancadas do clube vilacondense.
 
O Steaua demorou a reagir e mostrou-se apanhado de surpresa com o golo do adversário. Aproveitou o Rio Ave, que conseguiu terminar a primeira parte a mandar no jogo.
 
A tesourada de Keseru
 
O Rio Ave entrou bem no segundo tempo, ainda embalado com o final feliz do primeiro período.
 
Mas o Steaua, algo contra a corrente, chegou ao 1-1 com uma «tesourada» de Keseru.
 
O golo foi anti-clímax na estratégia vilacondense. Mas não matou o sonho aos homens de Pedro Martins.
 
Ukra, cheio de vontade de faturar, assinou belo remate, ligeiramente por cima da barra, logo a seguir ao 1-1. Diego Lopes, pouco depois, deu trabalho a Arlauskis.
 
Outra vez Diego Lopes
 
O Rio Ave queria muito ganhar. Nunca lhe faltou a vontade, mas por vezes não conseguiu expressá-la da melhor forma.
 
Nos momentos certos, porém, a maior intencionalidade vila-condense sobreveio.
 
O 2-1 não demoraria a chegar: Tarantini é derrubado na área do Steaua por Papp. Penálti para o Rio Ave, que Diego Lopes converteu na perfeição.

Desta vez, o Rio Ave não dava mostras de vacilar. Mandou no jogo até ao fim e,apesar de tentativas pontuais do romenos, até esteve mais perto do 3-1 que o Steaua do empate.

Oh, não!

Mas o 2-2 apareceu mesmo, com tremenda injustiça.

O Rio Ave estava a um minuto da festa, mas Prince, com alguma ingenuidade, fez falta em zona proibida. O livre parecia que iria acabar em pontapé de baliza, só que a bola é recuperada para a confusão na área e, após remate de Filip, entra mesmo.

Que pena.