Liedson

Voltou! Não voltou só ao onze como voltou aos golos em Alvalade, voltou a ser o Liedson de sempre e que para sempre ficará na História do leão. Cumpria 300 jogos pelo clube e celebrou com dois golos, ambos de um grande ponta-de-lança, que passou pelo banco, reflectiu, e, depois da Taça de Portugal, facturou na Europa. Foi pelo pé direito do «levezinho» que o leão se tornou no melhor ataque da prova, mas mais importante que isso é que o goleador está de regresso. Agora, falta resolver os problemas de finalização da equipa na Liga. E sim, este Liedson, só por si, é bem capaz de o fazer. Quem disse que ir ao banco faz mal? E Alvalade voltou a aplaudi-lo de pé...

Diogo Salomão

Não custou milhões, não veio do estrangeiro, pelo contrário, veio das divisões mais baixas do futebol português. Talvez por isso se esboçaram sorrisos quando saltou para as manchetes, daqueles sorrisos discordantes e irónicos. A realidade é bem diferente, no entanto. Tem talento e velocidade e tem também golo. Marcou o primeiro da noite e «pede» minutos. Precisa aprender? Claro que sim, mas o futebol não liga ao bilhete de identidade e, por isso, é sem dúvida uma mais-valia no plantel leonino, confirmando a boa exibição com uma assistência para Postiga. Foi titular nesta noite. Talvez o devesse ser mais vezes.

Postiga

A confiança traz golos. Qualquer ponta-de-lança sabe isso. Postiga é o exemplo máximo. Está a quilómetros do jogador que foi em outras épocas no Sporting. Para melhor. Para muito melhor, sublinhe-se. Assistiu Salomão no 1-0, trabalhou imenso, desesperou quando estava em posição de facturar e a bola não lhe chegou, festejou no instante seguinte, num pontapé certeiro com a bota esquerda. Noutra altura, a bola tocada por Jorgacevic teria batido na trave. Ou no poste. Com este Postiga entrou. Simplesmente porque o 23 merecia.

Maniche

Mais um golo na Liga Europa e sempre em boa rotação no meio-campo leonino. No lance em que marcou, apareceu na zona do ponta-de-lança para finalizar, depois de uma grande desmarcação. Quantas vezes o vimos fazer isto no passado? De resto, procurou abrir espaços, com passes para as alas e sempre virado para a baliza. Jogou à vontade no miolo e o Gent pagou caro por isso.

Hildebrand

Huhn. É assim que se diz frango em alemão, foi isso que aconteceu a Hildebrand, o guarda-redes germânico que se estreou perante a plateia de Alvalade nesta noite. Paulo Sérgio tinha-lhe dado a titularidade, com o argumento de que Hildebrand tinha tido pouco trabalho na Amoreira, frente ao Estoril. Nesta noite de Liga Europa, não estava a ser diferente. Só que na primeira vez que foi chamado a intervir, e já com 2-0 no marcador, o alemão comprometeu. Não agarrou a bola à primeira e depois ficou a reclamar uma falta, que pareceu não existir. Tem direito a errar, claro. Mas como chegou mais tarde, corre contra o tempo e Patrício. Por isso, perdeu uma oportunidade de estar mais perto do onze inicial e o golo sofrido foi a única nota negativa no jogo leonino.