Hugo Viana

Exemplar na ocupação de espaços e a pautar o jogo da sua equipa. A idade apurou a sua qualidade futebolística, transformando Hugo Viana num elemento com perfeito doseamento de esforços, arriscando até alguns piques pouco habituais. Tranquilizou a sua equipa nas fases de maior pressão e procurou lançar as bases para o golo arsenalista. Bom apoio do combativo Custódio.

Paulão

Patrão de uma defesa sem recursos naturais, impôs a sua lei na área do Sp. Braga e multiplicou-se em dobras aos restantes elementos de um sector remendado. Imperial pelo ar, seguro pelo chão. Sem falhas.

Leandro Salino

Talismã europeu do Sp. Braga. Começou como médio ofensivo, recuou para lateral direito quando Paulo César foi encaminhando para os balneários. Agressividade em índices positivos, sem exageros, e capacidade de sacrifício para ocupar a posição.

Vandinho

Mais uma adaptação de Domingos Paciência, numa defesa com duas únicas soluções de raiz. Jogo certeiro do capitão arsenalista como defesa-central, com uma falta imprudente ainda na primeira parte, valendo-lhe o cartão amarelo. Aprendeu a lição e resguardou-se. Maiores dificuldades perante a crescente pressão do D. Kiev, na etapa complementar. Ainda assim, nota positiva.

Yarmolenko

Talento muito interessante, para seguir com atenção. Aos 21 anos, o avançado ucraniano é a principal referência de um Dínamo de Kiev estranhamente descompactado, com um jogo sem grande profundidade atacante. Yarmolenko surgiu no modesto Desna Chernihiv, antes de chegar ao actual clube em 2006. Alto mas ágil, marcou na primeira mão e voltou a ser a principal dor de cabeça para os arsenalistas, desta vez no Estádio AXA. Colocou Artur Moraes à prova por duas vezes, na primeira parte, antes de estar na origem da expulsão de Paulo César. Baixou de produção na segunda metade, continuando a estar nos principais momentos do Dínamo.

Artur Moraes

Decisivo na primeira mão, voltou a provar que a baliza do Sp. Braga tanto mudou de dono até que achou o ocupante certo. Artur Moraes combina altura e reflexos, poupando-se a exuberâncias que regularmente provocam dissabores a outros colegas de profissão.

Paulo César

Menos de meia-hora em campo como lateral direito. Aposta de risco de Domingos Paciência para uma posição sem alternativas de raiz. Paulo César, tradicionalmente avançado pelo flanco esquerdo, recuou e atravessou o relvado para o flanco oposto. Atacou a preceito e desenhou dois lances perigosos. Deixou boas promessas, logo estragadas por uma entrada despropositada. Pode queixar-se de rigor excessivo do árbitro, mas a principal responsabilidade é sua. E de Domingos. Apostou e perdeu, neste caso. A equipa compensou a ausência.

Milevskiy

Uma tremenda decepção. No Europeu de sub-21, realizado em Portugal em 2006, foi uma das grandes estrelas de deixou enormes promessas para o futuro. Cinco anos depois, o talento continua por lá mas falta algo mais, o salto qualitativo que permita a este bom avançado passar a ser mais do que isso, apenas um bom avançado. Em Braga, raramente se viu.