O Bayern Munique resolveu afastar a crise da melhor maneira: com estrondo. A formação bávara não vai bem na Bundesliga, é certo, mas na Liga dos Campeões já leva dois triunfos consecutivos que lhe vão valendo o primeiro lugar em igualdade pontual com a Juventus. Esta terça-feira, por exemplo, recebeu e despachou o Ajax por um concludente 4-0. Despachou deve ser mesmo o termo. De tal forma que dez minutos após o reatamento já tinha decidido o jogo.
O holandês Roy Makaay foi a figura da equipa. Um hat-trick fulgurante que colocou o Bayern Munique com uma vantagem de três golos aos 51 minutos. Antes disso já tinha aberto o marcador aos 28 e dilatado a vantagem aos 44. O avançado parece ter-se dado muito bem com as alterações introduzidas por Félix Magath, o controverso treinador bávaro, o qual devolveu o peruano Pizarro à titularidade na frente de ataque e trocou Jeremies pelo inglês Hargreaves no meio-campo.
Apesar de tudo, foi o Ajax quem primeiro criou perigo. Logo aos 14 minutos, Van der Vaart ficou a milímetros de finalizar da melhor forma um cruzamento de Sonck. Não marcou e acabou por sofrer. O primeiro aviso chegou dos pés Salihamidzic, que finalizou ligeiramente ao lado uma combinação entre Ballack e Zé Roberto. Pouco depois começou então o festival Makaay. Isolou-se após um passe de Hargreaves e bateu Lobont sem dificuldade. Pouco depois os mesmos dois jogadores criaram o 2-0. Novamente Hargreaves na assistência e Makaay na finalização.
Já na segunda parte, Pizarro foi derrubado dentro da área pelo guarda-redes do Ajax e Makaay completou o hat-trick. Aqui já não havia dúvidas sobre o desfecho do encontro. O Bayern Munique mostrara sempre ser melhor e conseguira um resultado volumoso. Que ainda haveria de engordar. Desta vez por Zé Roberto, aos 55 minutos, que finalizou uma boa combinação entre Pizarro e Makaay. A partir daqui o Ajax caiu por completo. Os homens de Ronald Koeman ainda tentaram reagira, mas fizeram-no mais com o coração do que com a cabeça. Um remate de Van der Vaart para defesa aplicada de Oliver Kahn foi o melhor que conseguiram.
Juventus repete triunfo por 1-0
No outro jogo do grupo, a Juventus voltou a ganhar e voltou a fazê-lo pela margem mínima. Depois do triunfo sobre o Ajax, há quinze dias, os homens de Fabio Cappello voltaram a ganhar em gestão de esforços. Um golo do ítalo-argentino Camoranesi, aos 37 minutos, chegou para os transalpinos conseguirem uma vitória sossegada frente à modesta, mas animada, formação do Maccabi Telavive. Curiosamente até foram os israelitas que começaram por dar vida ao quase deserto estádio Dell¿Alpi. Respondeu a Juventus por Tacchinardi, que regressou à titularidade, num remate ameaçador. Um aviso para o golo de Camoranesi que chegou logo a seguir, num cabeceamento certeiro. Na segunda a Juventus limitou-se a controlar o jogo, embora ainda pudesse ter marcado por Tudor e Ibrahimovic.