Enviado-especial a Madrid

O segredo do Atlético de Madrid é a alma, a união, a entrega. Está a à vista de todos, e Diego Simeone assume-o frontalmente. O treinador «colchonero» nem tem problemas em reconhecer que o adversário possa ter mais talento, mas recusa pensar que a atitude seja superior.

«A equipa cresceu, continua a crescer todos os jogos, mas ainda não ganhou nada. Os balanços fazem-se no fim. Os rivais podem ter melhores jogadores, mas com mais entusiasmo e paixão serão poucos», disse o argentino, em conferência de imprensa.

O estilo de jogo de Atlético e Chelsea tem sido muito comparado, e Simeone reconhece que as duas equipas «não são iguais mas têm coisas similares». «A defesa do Chelsea é a menos batida na Liga inglesa, nós somos a defesa batida da Liga espanhola. São equipas que trabalham bem defensivamente, fazem um jogo bastante direto, são fortes nas bolas paradas. Eles estão a lutar pela Liga inglesa, e nós estamos no lugar que ocupamos atualmente na Liga espanhola.»

Como seria de esperar numa meia-final da Liga dos Campeões, Simeone espera «evidentemente um jogo decidido nos detalhes, pela técnica individual». Que o trabalho coletivo permita a alguém resolver. Com esforço coletivo aparecerão as individualidades», disse.

Questionado sobre a importância de jogar em casa a primeira mão, Simeone respondeu que «isso vê-se depois do jogo». «O primeiro jogo marca um pouco o ritmo do segundo, mas não sei quanta vantagem teremos. O resultado dira depois», explicou.