Diz-se em Inglaterra que uma derrota do Chelsea com o FC Porto pode precipitar o fim da segunda passagem de José Mourinho pelos «Blues».

Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com os dragões, foram várias as questões colocadas ao técnico português sobre o assunto, mas Mourinho diz que não coloca em cima da mesa cenários hipotéticos.
«Não há ‘ses’ Ou ganhas, ou empatas, ou perdes. Se perder? Tu és pessimista. Eu sou optimista», atirou Mourinho em resposta a um jornalista.

Com o apuramento para os «oitavos» da  Champions em risco e no 14.º lugar da Liga inglesa, a continuidade do técnico português no comando do Chelsea está por um fio. Mourinho acredita ter a confiança de Roman Abramovich: «Penso que fiz muitas coisas boas neste clube para o dono saber a qualidade que tenho. E o dono mostrou-me que acredita em mim duas vezes. Quando me trouxe de volta para o clube e quando me deu um novo contrato de quatro anos. A opinião do presidente não muda com o vento. Sei que este vento é muito forte porque os resultados na Premier League são maus.»

Apesar de não não querer falar em cenários, o técnico do Chelsea lá se pronunciou sobre a possibilidade de os londrinos terminarem a fase de grupos no terceiro lugar e seguirem para a Liga Europa, onde o vencedor tem agora como prémio a qualificação para a Liga dos Campeões. Uma via alternativa tendo em conta que no campeonato inglês o Chelsea está muito longe dos lugares que dão acesso à competição. Mourinho lembra, porém, que há mais caminhos.

«Parece que ganha a Liga Europa é uma forma fácil de estar na Liga dos Campeões no próximo ano. Mas há outra forma de lá chegar para além de ficar nos quatro primeiros do campeonato: ganhar a Liga dos Campeões. É óbvio que é mais difícil ganhar a Liga do Campeões. Mas queremos jogar contra as grandes equipas e, para isso, temos de ganhar amanhã», disse.

A viver uma situação inédita em 15 anos de carreira enquanto treinador principal, Mourinho diz conseguir olhar para os maus resultados de uma forma positiva. «Tornam-me melhor porque é a primeira vez para mim. Não estava habituado a isto e nunca pensei que pudesse acordar tão motivado e com tanta vontade de ir trabalhar depois de uma derrota.»

O técnico dividiu culpas no que diz respeito à situação do Chelsea: «É responsabilidade de todos», apontou.