LC: Chelsea-Galatasaray, 2-0 (crónica)

Tudo simples, tudo decidido atempadamente, tudo feito sem pressão nem sofreguidão. O Chelsea marcou cedo, geriu a superioridade sobre o Galatasaray a bel-prazer e está nos oito melhores da Liga dos Campeões. 2-0, José Mourinho em frente.

O lead da crónica resume o jogo sem esquecer qualquer detalhe relevante. O golo de Samuel Eto’o, ainda o jogo madrugava, facilitou tudo e daí para a frente ficou confirmada a inépcia dos turcos no processo ofensivo. Petr Cech teve uma noite de bocejos.

Mais remates, mais posse de bola, mais qualidade em todos os setores. O futebol, enfim, sorveu uma generosa dose de lógica na noite de Stamford Bridge. E não regressou a casa a cambalear.

FICHA DE JOGO DO CHELSEA-GALATASARAY

A diferença entre Chelsea e Galatasaray é enorme. Mesmo com Drogba e Sneijder a tempo inteiro, os turcos não souberam ter bola e quando a tiveram abusaram da lateralização e dos cruzamentos sem sentido.

John Terry e Gary Cahill, centrais do Chelsea, tiveram uma partida quase tão calma como a de Cech e aproveitaram para dar nas vistas na área oposta. O segundo do jogo, de resto, é marcado por Cahill após canto de Lampard e um primeiro cabeceamento de Terry.

Ao intervalo, o 2-0 indicava que só um golo recolocaria o Gala na discussão da eliminatória mas, como já antes se disse, os sintomas de perigo para a área blue pura e simplesmente não existiram.

TUDO SOBRE A LIGA DOS CAMPEÕES

O jogo serviu, embora não fosse necessário, para confirmar o talento inesgotável de Eden Hazard e Óscar. Com estes dois meninos, a bola sai sempre bem tratada, como se fosse a derradeira donzela na capital inglesa.

O internacional belga, sempre uns furos acima dos demais, teve os melhores ensaios da noite e obrigou Fernando Muslera a uma mão cheia de boas intervenções. Como facilmente se depreende, o Chelsea até podia ter goleado o invasor otomano.

José Mourinho está onde gosta, nos quartos-de-final, e com esta matéria humana (ainda nem falamos de Willian) pode aspirar a mais coisas bonitas, como diria o campeão europeu de 87, Artur Jorge.