O treinador leixonense António Pinto, que assumiu o cargo na segunda-feira após a saída de Carlos Brito, está preparado para o primeiro teste. O adversário é de peso, mas o técnico promete dificultar a vida ao campão nacional, F.C. Porto: «Vamos jogar contra uma equipa fortíssima. Eles são os melhores, mas vamos tentar ganhar. Não posso prometer vitórias, mas sim empenho e dedicação».
António Pinto já venceu os portistas quando jogava no Sp. Braga, e espera que a categoria do adversário seja um trunfo a favor dos anfitriões: «O facto deste jogo ser contra o F.C. Porto é uma arma. Nem precisamos de motivar os jogadores».
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A apenas cinco pontos da linha-de-água, o Leixões procura alguma estabilidade, antes de ir a Braga e Alvalade, e receber o Belenenses. Mas a concentração do treinador está toda no encontro deste sábado. «Agora estou apenas a preparar o jogo com o F.C. Porto, não estou a pensar em ciclo nenhum», afirmou, admitindo que «possivelmente» vai haver alterações no onze.
«Se os jogadores pensarem só neles vão ter problemas comigo»
De resto, o treinador considerou esta «uma semana normal», na qual passou amensagem de que os «os jogadores têm de ser responsabilizados». Nesse campo, o presidente Carlos Oliveira já tinha chamado a atenção para o egoísmo do plantel e o treinador prometeu mão pesada para o futuro: «Agora o nosso objectivo comum tem de ser o Leixões. Se os jogadores pensarem só neles vão ter problemas comigo».
A «troca» de Elvis por Bruno China, como capitão de equipa, também foi alvo de explicação do técnico: «Ele [Elvis] sentiu que não estava a desempenhar bem a dupla função de jogador e capitão e entendeu que seria altura de mudar. Eu apoiei porque compreendi que a braçadeira lhe estava a pesar. Não tem nada a ver com falta de liderança ou com indisciplina. O Elvis não pode ser o bode expiatório deste clube e estou convencido que a partir de agora vamos ter um Elvis muito mais forte».
O futuro de António Pinto à frente do Leixões ainda é uma incógnita. «A minha continuação não depende deste jogo. Sei que é um lar apetecível para muita gente e não estou agarrado ao lugar porque sei que sou transitório. A minha função é blindar o plantel a isso», concluiu.