Primeiro homem do Estoril a marcar um golo numa prova europeia, primeiro jogador a marcar pela equipa na Liga 2013/14 e, para fazer o pleno, o primeiro também a marcar um golo europeu na Amoreira. É médio, mas aparece com uma facilidade natural na zona de finalização. Foi assim que marcou ao Nacional para o campeonato, foi assim que fez o 1-0 nesta noite. Certamente, o trabalho de Marco Silva terá mérito, mas a inteligência de Evandro e a calma em frente à baliza também. Participou também no segundo golo. Deu apenas um toque, mas foi decisivo para desequiibrar toda a defesa. Galvão e o pontapé bonito de Carlitos fizeram o resto. Esteve nos dois principais lances de perigo do segundo tempo e, por isso, saiu ligeiramente por cima de Carlitos e Galvão. Um reparo apenas: esteve melhor na zona de decisão que na de construção.
O momento: minuto 10
Numa eliminatória europeia, seja pré ou pós fase de grupos, é sempre importante à equipa da casa marcar cedo. Sobretudo quando, na teoria, é melhor que o adversário. Foi o que aconteceu ao Estoril, que aos 10 minutos fez o 1-0 com o golo de Evandro. Certo que perdeu intensidade durante demasiado tempo da primeira parte, mas a vantagem, o mais difícil, estava feito. A partir dali, só tinha de crescer.
Outros destaques
Carlitos
Espetáculo na Amoreira em dois momentos de Carlitos. O camisola 20 do Estoril foi dos mais mexidos, mesmo em períodos em que a equipa não teve tanta dinâmica ofensiva. Jogou o primeiro tempo todo à esquerda e partiu dali para o meio para fazer estragos. Primeiro, arrancou um pontapé acrobático que merecia golo. Depois, fez mesmo o segundo da equipa, numa movimentação boa para o centro, sem bola, e um remate melhor, em arco. O do triunfo, percebeu-se logo ali.
João Pedro Galvão
Também sai da noite da Amoreira como uma das figuras. Deixou a bola para Evandro no 1-0 e deu o golo a Carlitos no segundo do Estoril. Tal como colega do lado contrário, foi tentando furar a defesa do Pasching. Sofreu na pernas a dureza austríaca, mas saiu com nota alta do António Coimbra da Mota. Não marcou, mas merecia e muito.
Mano
Estreia na temporada oficial e logo num jogo europeu. Mano teve de substituir o habitual titular Babanco e se alguém esperava que esse fosse um ponto mais frágil no Estoril, enganou-se. Aliás, foi mesmo o lateral-esquerdo a desequilibrar para os canarinhos chegarem à vantagem. Arrancou pelo flanco aos 10 minutos e só parou para servir um colega em melhor posição. Deu golo, essa, mas houve outras vezes em que Mano apareceu bem no ataque. E a defender, foi exemplar.
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