O Borussia foi há uma semana vencer a Londres (2-1) e, agora, foi a vez do Arsenal ir vencer a Dortmund (1-0), com Arsène Wenger a levar a melhor sobre Jürgen Klopp num jogo muito tático. Uma vitória importante para os gunners que passam para o topo da classificação, com nove pontos, os mesmos do que o Nápoles que teve de suar para voltar a bater o Marselha (3-2).

Ao contrário do jogo de Londres, as diferenças musicais entre os dois emblemas, evidenciadas por Jürgen Klopp há uma semana, não foram assim tão claras esta quarta-feira. Borussia e Arsenal entraram em campo com um rimto moderato, com os ingleses com um bloco mais baixo e os alemães a pressionar mais alto, mas ambos a jogar ao primeiro toque, sem correrem grandes riscos. Passes curtos, poucas roturas, pouca emoção, apesar do constante entusiasmo nas vibrantes bancadas.

Confira a FICHA do B. Dortmund-Arsenal

A primeira distorção surgiu aos 17 minutos, numa jogada de insistência do Dormtund, com Subotic a desviar, de forma subtil, e a levar a bola a passar muito perto do poste, com Szczęsny batido. O jogo voltou, depois, ao ritmo allegro ma non troppo, com os gunners a esconderem a bola e os alemães sem espaços para evoluir para outros ritmos. Até ao intervalo, apenas tempo para mais uma distorção da equipa de Klopp, aos 37 minutos, na sequência de um rápido contra-ataque iniciado por Lewandowski. Pela primeira vez ao som de guitarras elétricas, Błaszczykowski abriu de primeira Mkhitaryan que, apenas com Szczęsny pela frente, atirou ao lado.

O Arsenal chegava ao intervalo sorridente, depois de uma primeira parte intensa, em que teve mais bola e em que, apesar de não ter tido oportunidades, também não deixou o Dortmund jogar como gosta. A segunda parte começou com os alemães determinados a impor o seu ritmo, trocando os passes curtos, por longos lançamentos para as alas. O Arsenal esticou as suas linhas e o jogo animou-se. O Borussia chegou a colocar, por duas vezes, a bola na baliza de Szczęsny, mas, nos dois casos, a defesa inglesa, sem, perder a harmonia inicial, tinha deixado Reus e Şahin fora de jogo.

Quem não marca, sofre. Na primeira vez que o Arsenal subiu até à área de Weidenfeller, nesta segunda parte, deu golo. Uma sucessão de passes e ressaltos até ao cruzamento de Özil da direita. Giroud saltou com Şahin e a bola sobrou para Ramsey que concluiu de cabeça. Agora sim, tínhamos menos estratégia, mais futebol. Menos recurso à pauta, mais espaço ao improviso. O Dortmund procurou uma reação imediata, mas foi o Arsenal que voltou a estar perto do golo, numa rápida combinação entre Giroud e Ramsey, com o internacional galês a obrigar Weidenfeller a aplicar-se.

Foi o melhor período dos gunners que a cada investida do Dortmund respondiam com nova oportunidade de golo. A equipa de Wenger voltou a esconder a bola dos alemães que jogavam cada vez mais em desespero. Já em tempo de compensação, o caso do jogo, com Mertesacker a puxar o ombro de Lewandowski. O árbitro não viu e acabou com o jogo que deixa tudo em aberto no Grupo F.

Nápoles no topo, Marselha fora da corrida

Entretanto, no outro jogo deste grupo, no San Paolo, entrou melhor o Marselha que ganhou vantagem, logo aos 10 minutos, na sequência de um pontapé de canto marcado por Thauvin. Christian Maggio falhou o corte de cabeça e Andre Ayew, um dos jogadores mais pequenos no relvado, atirou a contar.

Uma surpresa que a equipa de Rafa Benítez desmontou em apenas dois minutos. O empate chegou aos 22 minutos, com um golaço de Inler: Cheyrou tinha afastado uma bola, na sequência de um canto, mas o internacional suíço recuperou-a com o peito, à entrada da área, e atirou colocado, com o pé esquerdo, com a bola a entrar junto ao ângulo, a fugir de Mandanda. Dois minutos depois, o Nápoles passou para a frente num golo que contou com a colaboração de dois antigos jogadores do Real Madrid: Callejón cruzou da direita, Pandev desviou de cabeça, e Higuaín voltou a bater Mandanda.

Confira a FICHA do Nápoles-Marselha

O Nápoles tinha de tirar máximo rendimento deste jogo, com os dois principais rivais a jogar em Dortmund, mas voltou a consentir novo golo, aos 64 minutos, surpreendido com um remate de primeira de Thauvin a cruzamento de Payet, que tinha entrado já no decorrer da segunda parte.

Desta vez a equipa italiana demorou mais tempo a reagir, mas acabou por passar novamente para a frente, aos 75 minutos, outra vez pelos pés de Higuaín, desta vez a passe de Mertens, mais uma vez sem hipóteses para Mandanda.

O Marselha nunca baixou os braços e chegou a ameaçar novo empate, mas Higuaín também teve uma possibilidade de chegar ao hat-trick. Sem mais golos, o Nápoles pode sorrir, dividindo agora o topo da classificação com o Arsenal, enquanto o Marselha está definitivamente fora da corrida.

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