A figura: Maxi Pereira

Aproveitando que o Zenit não encostava ninguém ao seu flanco, o lateral uruguaio transformou-se em extremo e foi a unidade que mais desequilíbrios provocou na defesa russa. Só descansou já em período de compensação da primeira parte, com o golo que embalou o Benfica para a qualificação. Mostra, de resto, vocação para as noites europeias. Os últimos cinco golos de águia ao peito foram apontados nas provas da UEFA.

O momento: «águias» em vantagem à beira do descanso

O jogo estava já em período de descontos da primeira parte, quando uma boa combinação entre Bruno César, Witsel e Maxi proporcionou o primeiro golo da noite, apontado pelo uruguaio. Um tento que deixou o Benfica em vantagem na eliminatória, algo que já não deixaria fugir.

Outros destaques:

Witsel

Não terá sido o melhor jogo ao serviço do Benfica, mas foi seguramente um dos melhores. Na ausência de Aimar andou bem mais perto da zona de finalização do que tem sido habitual, e assim contribuiu para o golo de Maxi, com uma assistência de calcanhar, depois de Malafeev ter defendido o seu remate.

Bruno César

Com o forte apoio de Maxi destacou-se sobretudo na primeira parte. Foi o protagonista da primeira ocasião de perigo, obrigando Malafeev a defesa apertada (15m). Pouco antes do intervalo voltou a tentar a sorte, mas a bola saiu por cima (40m). Na segunda parte caiu de produção, mas foi sempre de uma enorme disponibilidade.

Luisão e Jardel

Garay tem lugar cativo no «onze», mas é justo dizer que a sua ausência não se fez notar. Luisão e Jardel estiveram em excelente plano. Na primeira parte souberam controlar os contra-ataques do Zenit, e na etapa complementar mostram-se muito sólidos na fase de maior assédio russo. Jardel teve ainda duas soberanas ocasiões para marcar, mas não esteve afortunado.

Bruno Alves

O central português foi suplente, mas ainda na primeira parte começou a aquecer, e desde logo ouviu monumental assobiadela. Acabou por entrar no início da segunda parte, e os apupos mantiveram-se sempre que tocou na bola. Fica a sensação que acusou a forma como foi recebido, já que abusou dos passes longos, muitos deles errados.

Nélson Oliveira

Grande entrada do mais jovem internacional português, premiada com o golo que sentenciou a eliminatória. Entrou cheio de garra, a deixar a cabeça em água aos centrais do Zenit.