Sebastião Lazaroni, treinador do Marítimo, lamentou a má primeira parte da sua equipa, que foi derrotada em casa pela Naval (0-1). O técnico visitante, Ulisses Morais, desvalorizou a «vingança» conseguida, ao vencer no reduto de uma equipa que já orientou.
Sebastião Lazaroni, treinador do Marítimo:
«Tivemos dificuldades na primeira parte e eles, com alguma felicidade, marcaram num autogolo. Não conseguimos fazer as transições e impor o nosso ritmo de jogo. Na segunda parte lutámos muito, criámos perigo mas não fomos felizes. O Marcos só marcou pontapés de baliza. Perdemos boas situações na área. Não foi de todo brilhante mas houve intenção de mudar as coisas e lutámos. As alterações que fizemos foram produtivas, mas faltou o golo. O Marcinho deu mais qualidade e o Djalma também entrou bem. Mas o Marítimo não chegou ao golo, embora lutando como eles. Eles lutaram muito e conseguiram o que pretendiam: os três pontos.»
«Foi a pior exibição? Pior não diria, mas a primeira parte foi a mais fraca. No segundo tempo forçamos mais. Ansiedade? É natural que possa acontecer quando não se marca, havendo falta de alguma lucidez. O primeiro tempo é que foi preocupante.»
«Ir ao mercado? Todos vão quando surgem bons jogadores e oportunidades de negócio. Mas o Marítimo está a fazer um bom campeonato e a competição ainda não acabou. Foi um acidente de percurso numa vida dura. Os adeptos precisam de nos continuar a apoiar e nós temos de lhes dar a confiança para tal. Há oito dias atrás estavam todos contentes. Foi um dia de menos fé.»
Ulisses Morais, treinador da Naval:
«O mais importante foi a conquista dos três pontos. Foi essa a tarefa a que me propus, de forma a ajudar a tornar a equipa melhor, dando credibilidade a um projecto em que já ninguém acreditava. Há cinco jornadas atrás ninguém dizia que a Naval conseguia os seus objectivos, que passam pela manutenção. Estou feliz pelos três pontos pois isso é que é importante, seja em que campo for. Este grupo é fantástico e trabalha muito, identificando-se com o seu líder, e quando assim é tudo é mais fácil. Estes pontos dão também mais confiança e tranquilidade, possibilitando respirar melhor. Temos que pensar só no próximo jogo, que será mais um jogo difícil, como todos. Não há outra linha de pensamento. Temos de encontrar um patamar de equilíbrio e pensar apenas semana a semana.»