António Neiva, árbitro assistente de Augusto Duarte, explicou ao Maisfutebol por que não validou o golo do U. Leiria no jogo com o Sporting, quando Renato cabeceou para a baliza e Ricardo defendeu a bola - como provam as imagens televisivas - para lá da linha. «Ainda não vi as imagens, mas já dei uma vista de olhos pelos jornais e tenho de aceitar as críticas», começa por dizer António Neiva, que só chegou à cidade do Porto, onde reside, pouco depois da hora de almoço.
«Pela minha consciência, não vi a bola dentro da baliza. Por isso, não assinalei o golo. Não vi a bola totalmente lá dentro. Entre as luvas do guarda-redes e a bola parece-me que a bola está em cima da linha de golo e não totalmente dentro da baliza», adianta o árbitro assistente do Sporting-U. Leiria num tom de voz sereno e bastante cordial, apesar de sublinhar mais do que uma vez: «Ainda não vi as imagens, mas a minha consciência é essa. É um lance muito rápido, antes a bola tinha batido na trave¿»
Segundos depois, na sequência dos protestos dos jogadores do U. Leiria, Augusto Duarte dirigiu-se a António Neiva para esclarecer o lance, mas o árbitro assistente recusa-se a revelar o conteúdo da conversa entre ambos. E pelas imagens televisivas vê-se o assistente a esfregar um dos olhos. Será que isso condicionou o juízo do lance? «Estava a suar. Às vezes, levo punho, mas para este jogo não levei porque estava frio. Transpiro muito, mas isso não teve nada a ver com aquele lance. Faço isso muitas vezes durante os jogos. Se tivesse levado o punho, não teria dado essa imagem», responde.
Por último, sublinha de novo: «Pela minha consciência, não vi a bola lá dentro». Palavra de António Neiva.