Chris Kronshorst manteve com os jornalistas uma conversa curta mas que serviu para apresentar o holandês contratado para desenvolver treino técnico especializado. Kronshorst já conhece Adriaanse há vários anos, jogaram juntos no Utrecht, pelo que são sobretudo dois amigos. «Não encontrei muitas diferenças nele. Como jogador já era um ganhador e hoje continua a ser». Questionado se Adriaanse era melhor jogador ou treinador, o adjunto não hesitou. «Melhor treinador. Mas não estou a dizer que era mau jogador», sorriu.
Falando depois mais a sério, o holandês sublinha uma vez mais o que já tinha dito antes, que está no F.C. Porto para melhorar a técnica individual dos jogadores, de forma a que estes possam jogar melhor em espaços reduzidos. «A forma de jogar de Co Adriaanse é ofensiva e desenrola-se muito no meio-campo adversário», disse o novo adjunto. «É um jogo rápido, que exige boa técnica para ser desenvolvido em espaços curtos, por isso espero poder contribuir para o futebol espectáculo que o treinador ambiciona».
«Todos os jogadores podem melhorar, nem que seja cinco por cento»
Todos os jogadores, de resto, podem melhorar. «Penso que sim, no sentido em que qualquer jogador pode apurar a sua técnica, nem que seja cinco por cento», garante. «Portugal é um país com jogadores tecnicamente evoluídos e a prova disso é o quarto lugar no último Mundial, mas todos podem sempre melhorar algum aspecto específico». A prova disso, Kronshorst teve-a na Holanda. «Treinei clubes como o Sparta Roterdão e o Ado Den Hag, de Haia, mas nos últimos anos dediquei-me a trabalhar numa academia de futebol pela qual passaram vários jogadores de primeira divisão que necessitaram de acrescentar algo ao seu jogo».