José Mota e Ulisses Morais, treinadores de Paços de Ferreira e Naval 1º de Maio, comentaram desta forma o empate entre as duas formações no Estádio da Mata Real (2-2), em encontro relativo à 27ª jornada da Bwin Liga.
José Mota: «Custa muito, pela forma como o adversário conseguiu empatar este jogo. Penso que fomos a melhor equipa ao longo de todo o jogo. Marcámos um golo, demos alguma iniciativa ao adversário, que marcou sem ter oportunidades. Custa a perceber. Na segunda parte, fomos mais organizados, mais ofensivos, conseguimos mais um golo. Houve lances em que o árbitro, se fosse justo, também devia ter assinalado grande penalidade a nosso favor. As facilidades para nós, na segunda parte, foram tantas que acho que nem as soubemos perceber bem. Concedemos um livre que não devia existir, consentimos o golo do empate e nessa altura já não havia nada a fazer. Não estou nada satisfeito com o resultado e vou ter de falar do árbitro. Não consigo perceber como se marcam grandes penalidades desta, até porque depois tivemos lances iguais que não foram assinalados.»
Ulisses Morais: «É mais um passo. Sabíamos que tínhamos um jogo difícil face às características do Paços. Só com uma equipa guerreira e competitiva poderíamos conseguir o nosso objectivo. Vimo-nos privados de Delfim e Saulo, também perdemos o Gilmar, só conseguimos recuperar o Dudu. Tivemos de pedir sacrifício redobrado aos jogadores para se adaptarem a posições que não estavam habituados. Acabámos por chegar ao empate em desvantagem numérica. Os jogadores foram extraordinários e mereceram, porque nunca se resignaram. Estamos satisfeitos, até porque na luta directa ficamos em vantagem sobre o P. Ferreira.»