José Mota, treinador do Leixões, comenta a derrota da sua equipa na Luz, frente ao Benfica, neste sábado, na sexta jornada do campeonato:
«É difícil falar sobre um resultado destes e valorizar o trabalho do adversário. O Benfica é uma equipa forte, que tem muita gente nas manobras ofensivas e, por isso, sabíamos que íamos ter muitas dificuldades. Mais difícil ficou quando aos 27 minutos um jogador meu é expulso. Não vou dizer se é justo ou não, mas pareceu-me a pedido dos jogadores do Benfica. Condicionou e percebi que ia ser extremamente difícil a partir daí. Pensamos em tudo, mas nunca pensei que aos 27 minutos estivesse a jogar com dez, assim como nunca pensei que durante a primeira parte tivesse cinco cartões amarelos. É claro que fomos faltosos, mas no cartão de Tiago Cintra, por exemplo, o árbitro devia ter actuado de outra forma que não autoritária, rigorosa e com dualidade de critérios. O Benfica não precisa disso, venceu, provavelmente venceria na segunda parte [se ninguém tivesse sido expulso] e pelo menos teríamos gente para esticar o jogo e tentar surpreender.»
«Um golo no final da primeira parte serviu de desmotivação. Tínhamos de ser ainda mais rigorosos, mas era difícil. O Benfica acaba por merecer e até podia ter feito mais. Sem dúvida que a expulsão condicionou o jogo do Leixões, nomeadamente na segunda parte.»
[Consequências] «Vínhamos com intenção de disputar o resultado, tínhamos poucas garantias de sucesso, mas este campeonato não é o nosso, este jogo passou, é importante para os jogadores crescerem. Da época passada, tenho três jogadores, atletas que estão a conhecer este campeonato e cerca de 70 por cento não conhecia o Estádio da Luz. Se calhar a atitude do Pouga não foi a melhor, mas é um jogador novo que se calhar queria fazer aqui o jogo da vida dele.»