Jorge Casquilha, treinador do Moreirense, sonha com um «resultado positivo» na receção ao Benfica, marcada para o próximo domingo, em jogo da segunda jornada da Taça da Liga, de forma a dar uma injeção de moral à sua equipa que é última classificada na Liga.
«Temos as nossas ambições e, mais do que apurar-nos para as meias-finais, queremos é fazer um bom jogo e tentar dificultar ao máximo tarefa do Benfica, conseguindo um resultado positivo para moralizar o grupo que está carenciado de moral e confiança», explicou Jorge Casquilha.
O treinador explicou depois que «o resultado positivo ideal é ganhar», mas assume que ficará satisfeito com o empate, mesmo que isso hipoteque o sonho das «meias»: «Daria alguma confiança e moral à equipa, pois não é todos os dias que se consegue resultado positivo frente ao Benfica, este ano com ascendente claro nas provas nacionais, só com dois empates. Juntamente com o F.C. Porto, está a um nível claramente acima dos outros».
«Nestes jogos é aproveitar o erro adversário. Sabemos que o ascendente vai ser do Benfica, com mais posse de bola, assumindo as despesas do jogo. Mas temos uma equipa compacta, lutadora, aguerrida e agressiva. A ideia é aproveitar ao máximo as chances que o Benfica nos der para atacar, procurar o golo e marcar», disse, sobre a estratégia para o jogo.
Jorge Casquilha desconhece se Jorge Jesus vai apostar numa segunda linha de jogadores ou se mantém o onze habitual, «para lhe dar ritmo, face à paragem de quinze dias», mas, seja como for, reconhece que «uma ou outra será sempre difícil, pois têm uma equipa de grande qualidade, claramente favorita ao jogo».
A somar à qualidade do adversário, juntam-se as «claras limitações» da sua equipa no plano ofensivo, pois a lesão de Pablo Oliveira reduz a equipa a apenas um extremo (Miguel Lopes) e dois avançados (Ghilas e Wagner). «É público que estamos carenciados de avançados. A realidade é que temos poucas opções. Estamos visivelmente limitados nesse aspeto», lamentou.
Urreta e Cavaleiro, que jogam no Benfica B, serão futebolistas pretendidos em Moreira de Cónegos, mas o técnico nada adianta sobre o tema. «Precisamos de reforços, mas uma coisa é querer e outra poder. Somos um clube humilde, cumpridor e não podemos entrar em loucuras. Não é só querer, é também poder e às vezes não conseguimos. O mais importante é trabalhar com os que temos, pois são neste momento quem pode ajudar o clube. Todos os outros são especulação», concluiu.