O avançado Joe Cole sempre foi considerado um talento precoce. Começou a dar nas vistas no West Ham através de um longo recital de fintas que encantavam os ingleses. De tal forma deu nas vistas que com 20 anos foi convocado por Erickson para a selecção inglesa para o Mundial 2002. Antes disso já os tablóides anunciavam em letras garrafais que era aquele o homem que ia guiar a Inglaterra ao triunfo no Oriente.
Pelo meio o internacional britânico foi contratado pelo Chelsea. Como uma grande estrela. Apesar de tudo demorou muito a confirmar o valor. Tanto que os mesmos tablóides que o consideraram um salvador, o tinham agora como um bluff. Até que chegou um treinador português a Stamford Bridge. «José Mourinho tem sido uma grande influência na minha carreira», disse Cole ao site da UEFA.
A verdade é que os primeiros tempos de convivência entre ambos não foram fáceis. Mourinho disse várias vezes que o criativo tinha de trabalhar mais, tinha de se sacrificar mais, tinha de ser mais colectivista. Agora é o próprio que reconhece que o técnico português tinha razão. «Tornei-me num futebolista bem mais consistente desde que comecei a trabalhar com ele. Espero apenas que o sonho não acabe e que as vitórias continuem para mim e para o Chelsea».
É o próprio, aliás, que garante como está diferente. «Talvez fosse demasiado exibicionista no princípio da minha carreira. Acho que optava por mais uma finta em vez de passar a bola a um colega de equipa. Penso que a diferença agora é que se estiver um colega em melhor posição eu passo-lhe a bola em vez de tentar ultrapassar mais um jogador e arriscar perder a bola». Um mérito conseguido depois de muitas sessões de disciplina de José Mourinho. Com vários jogos no banco pelo meio. A verdade é que Cole é hoje um dos melhores jogadores ingleses da actualidade.