Jorge Jesus realça a frescura física do Benfica para virar resultados. Os encarnados começaram a perder nos últimos quatro jogos disputados em casa, mas conseguiram chegar ao final com a vitória conquistada. Qual a principal razão? Jesus sublinha que as águias estão mais bem preparadas fisicamente que os adversários.

«Há mérito do Benfica, sobretudo nestes jogos que estamos a referir», considerou o técnico, num primeiro momento, em conferência de imprensa. «Houve vontade muito forte em ganhar, mas isso não chega e uma das questões que têm levado a que o Benfica tenha mudado os resultados é a frescura física, para podermos dar volta no final dos jogos», argumentou, numa altura em que se debate, precisamente, o desgaste dos encarnados.

O treinador das águias prosseguiu na análise, quando questionado aos motivos que levaram a que os oponentes se superiorizassem na fase inicial dos encontros, embora depois tenham acabado por perder a partida.

«Os nossos adversários, nas segundas partes, perdem-se um pouco tacticamente e fisicamente, porque o Benfica fomenta uma velocidade de jogo muito alta, tem circulação de bola a seu favor e desgasta a equipa contrária», disse. «Por isso, os nossos rivais têm dificuldades nos últimos minutos», acrescentou.

Villas-Boas sem resposta

Jesus entrou depois na primeira parte da pergunta: «Quanto às equipas entrarem melhor, estamos a referir-nos a quatro ou cinco jogos. Não podemos achar que todas elas entraram melhor que nós. Algumas sim, outras não.»

Ora, Jorge Jesus também falou do campeonato. O treinador do FC Porto dissera, horas antes, que o discurso do Benfica «não engana ninguém». O técnico do Benfica não respondeu.

«Não vou comentar o discurso do meu colega, não ouvi o que disse», anunciou, para depois responder sobre se o Benfica ainda sonhava com o título. «Não podemos branquear a situação, as coisas estão mais difíceis depois da derrota em Braga, mas enquanto for matematicamente possível temos de acreditar», concluiu sobre esse tema.

Obviamente, Jorge Jesus anteviu a partida com o Portimonense, neste domingo. «A equipa encontra-se moralizada pela vitória e pela segunda parte com o PSG. Agora, é outra história, outra competição, temos a responsabilidade e a pressão de vencer este jogo», afirmou.

O técnico declarou ainda que, «no caso do Portimonense, um pontinho na Luz é uma vitória» e que a estratégia algarvia passará «em 80 por cento, na organização defensiva».