Ganhar e adiar a festa do FC Porto. Este o objectivo do treinador do Benfica para o Clássico deste domingo, na Luz, e que pode consagrar o adversário como campeão nacional.

«A nossa ideia é tentar adiar a festa do FC Porto, porque isso também passa pela vitória», assumiu Jorge Jesus, neste sábado, no Seixal, na antevisão do (re)encontro dos dois rivais.

Ao quarto jogo das duas equipas nesta temporada (depois da Supertaça, da 10ª jornada da Liga e da primeira mão na Taça), o técnico encarnado não espera surpresas.

«Tem um modelo de jogo que já não é deste ano, vem do Jesualdo Ferreira, este 4x3x3 já o FC Porto tinha e amanhã [domingo] não vai ser surpresa nenhuma», perspectivou, mas reconhecendo, também, que «tudo o que o Benfica possa lançar no jogo não vai ser surpresa».

Ao contrário de Fábio Coentrão, que disse ter ainda o orgulho ferido pela goleada sofrida no Dragão, Jorge Jesus já ultrapassou esse desafio, mas não o que se seguiu. «5-0? Ou dos 2-0? A mim, está-me atravessado é o 2-0 (ndr. para a Taça), que foi o último jogo», ironizou.

«A nossa obrigação é vencer o máximo de jogos. Um dos dois terá de ser campeão e o FC Porto é que tem essa vantagem. Estamos focados em vencer, independentemente do que se passar nas outras jornadas», defendeu o treinador, lembrando que o Benfica, por sua vez, está em vantagem noutra prova: «Daqui a 15 dias volto a jogar com o FC Porto e nós temos mais possibilidades de chegar à final da Taça de Portugal.»

Com Cardozo, Carlos Martins e Maxi limitados, Jorge Jesus espera que o treino deste sábado e ainda o da manhã do Clássico sejam esclarecedores quanto à disponibilidade deste trio para a recepção ao FC Porto. E o técnico garantiu que não vai poupar jogadores a pensar no PSV Eindhoven.

«Claro que estamos a pensar na Liga Europa, mas temos muitos dias para recuperar. O Cardozo, o Martins e o Maxi vieram com problemas físicos, mas, se clinicamente não estiverem em perigo, vão ser lançados no jogo», assegurou.

Para o fim ficou um conselho de Jorge Jesus aos adeptos das duas equipas num ambiente que quer de festa e não de tensão: «Que tenham sentimento, paixão pelos seus clubes, mas também respeito pelo rival. O facto de haver rivalidade não permite que os adeptos não respeitem as ideias do rival. Cada um a puxar pela sua equipa é que é o espectáculo e é para isso que trabalho.»