Jorge Jesus deixou bem claro estar em total discordância com Ulisses Morais, que apontou fatores externos ao jogo (insinuando a arbitragem de Rui Costa) para a derrota do Beira Mar na Luz: «Para mim, só houve os fatores do jogo. Dois golos limpinhos, uma grande penalidade falhada, que do ponto de vista do cansaço emocional só afeta quem a falha. Os treinadores têm o direito de fazer os comentários que entendem sobre como viram o jogo, e o meu colega teve-o. Mas não se pode lamentar de nenhum golo, e se a grande penalidade ainda pode ser discutida, a verdade é que não a concretizámos. Daquilo que se passou no jogo não tem razão nenhuma para se agarrar», frisou.
Quanto a uma eventual descompressão da sua equipa, depois do jogo com o Barcelona, Jesus respondeu assim: «Talvez no lance do golo deles se possa falar disso, somos uma equipa que não costuma sofrer de bola parada, e talvez houvesse excesso de confiança, até do Artur», admitiu.
O técnico sublinhou ainda os efeitos de alguns assobios, dando o exemplo da claque como contraponto: «A claque ajudou-nos muito, sempre a puxar pela positiva. Houve algum nervosismo em alguns momentos. O Melgarejo, por exemplo, sabia lá o que era jogar na Luz com esta pressão, isto não é fácil. E quando se sente que o nervoso também vem de fora, isso entra para os jogadores», sublinhou.