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Jesualdo Ferreira foi apresentado esta segunda-feira como treinador do Málaga e assumiu o novo compromisso, depois de 36 anos de carreira, como «um desafio muito grande», definindo como objectivo «fazer um Málaga muito forte». O treinador português assinou um compromisso para as próximas três temporadas e pediu a colaboração dos adeptos.

As comparações com o F.C. Porto, clube que treinou nas últimas quatro temporadas, foram inevitáveis. «São clubes distintos, mas o que faz a diferença entre ambos são os adeptos», destacou o treinador que conta com a ajuda da «afición» para tornar a equipa «mais forte» na liga espanhola.

Jesualdo Ferreira preferiu não estabelecer um objectivo para a temporada porque «temos de ser conscientes e avançar passo a passo, de forma progressiva, porque é a melhor fórmula para se encontrar um bom caminho». O treinador revelou, aliás, que o compromisso que estabeleceu com a nova direcção para o primeiro ano «é deixar a equipa nos dez primeiros e formar uma identidade».

Jesualdo vai continuar a contar com o apoio de José Gomes como adjunto, além de parte da equipa técnica do Málaga da passada temporada, e vai começar agora a definir o plantel com que vai trabalhar. «Durante vinte dias estive fiz um esforço para ver todos os jogadores [entre os quais os portugueses Hélder Rosário, Duda e Eliseu], mas para ser justo preciso de ter informações mais certas», destacou, definindo dois momentos importantes para o futuro da equipa: o primeiro «em finais de Julho», quando fizer o primeiro jogo, e outro a 31 de Agosto, quando já deverá ter uma ideia clara sobre a organização da equipa.

Quanto ao estilo de jogo que vai implementar no Málaga, Jesualdo foi claro. «Gosto do jogo bonito, mas gosto mais de ganhar», referiu, salientando também a importância da formação do clube, adiantando que conta com os novos valores «desde que tenham as mesmas condições do que os restantes».

Com o Campeonato do Mundo a decorrer e com um Espanha-Portugal marcado para esta terça-feira, o técnico português considera que a equipa espanhola «tem mais condições para ganhar», por diferentes motivos, com destaque para o «historial dos últimos anos», sem esquecer que a Espanha é campeã da Europa».