Na ausência dos avançados Gudjohnsen e Sighthorsson, lesionados, o jogador mais cotado da Islândia chama-se Gylfi Sigurdsson. Um miúdo de 22 anos que desperta a atenção no Hoffenheim, na Alemanha.

Sigurdsson tem cinco internacionalizações e joga como médio ofensivo, mas perante a escassez de soluções ofensivas poderá alinhar no ataque, ou na ala, como se verificou no treino desta quinta-feira, no Castelo da Maia.

Em conversa com o Maisfutebol, Sigurdsson reconhece que marcar um golo a Portugal será tarefa complicada: «Vai ser difícil porque eles têm boa defesa e nós temos os quatro avançados lesionados. Mas os que vieram substituí-los têm qualidade e acredito que possam marcar», disse.

Para Sigurdsson, a táctica é muito simples : «O importante é defender muito bem. E depois, num contra-ataque, talvez possamos marcar.» As bolas paradas também podem ser uma boa solução. Sigurdsson é especialista no Hoffenheim, e voltou a prová-lo neste último treino em Portugal.

O remate é a arma mais poderosa do islandês. Foi assim que se revelou, há precisamente um ano. A Islândia qualificou-se de maneira histórica para o último Europeu de Sub-21, ao derrotar no play-off a Escócia por duplo 2-1. A vitória no campo dos escoceses deveu-se a dois golaços de Sigurdsson, vistos muitas vezes na internet. «Foi o jogo da minha vida», recorda.

Aos 21 anos, Gylfi não se preocupa exclusivamente com o futebol. Com o seu pai, é «um bocado» patrão da Lotna ehf, empresa que adquire outras empresas com dívidas. Foi assim que aconteceu com uma fábrica de peixe em Flateyri, perto de Reiquejavique. Sigurdsson tornou-se patrão dessa fábrica, que permitiu salvar do desemprego 20 a 30 pessoas.