No mesmo fim de semana em que o sistema entrou na Premier League, a federação de futebol gaélico (GAA), o conhecido futebol irlandês, suspendeu o uso do «Olho de Falcão».

A tecnologia está a ser usada na Premiership para dissipar dúvidas sobre se uma bola passa a linha de golo ou não, como, aliás, aconteceu no Chelsea-Hull, com José Mourinho a assistir ao lance e até a consultar o quarto árbitro, aquele que recebe o sinal se for golo.

No entanto, na Irlanda, o sistema falhou. No Croke Park, uma meia final do campeonato de sub-18 de hurling, outra das modalidades englobadas pela federação gaélica, a tecnologia deu duas informações contrárias, ao indicar ao árbitro que a bola passou ao lado, quando o gráfico do próprio sistema dizia que a bola tinha passado por cima do poste para uma marcação.

Refira-se que o hurling caracteriza-se por ter uma baliza tipo futebol e postes como no râguebi.

Ora, a GAA suspendeu o uso do Hawk Eye, o tal olho de falcão, no jogo que se seguiu no estádio, a meia-final do campeonato sénior, que tinha uma assistência de 60 mil pessoas.

Já nesta segunda-feira, a federação emitiu um novo comunicado, no qual revelou a explicação da empresa, a mesma que fornece a tecnologia à Premier League inglesa.

De acordo com os responsáveis, tratou-se de um erro do técnico que preparou o sistema. «Todos os parâmetros estavam ajustados para o hurling, exceto um valor de um dos postes do lado de Hill 16 [um dos topos], que estava calibrado para futebol», explicou a GAA.

A empresa pediu desculpa e quis assegurar que o Hawk Eye vai estar a funcionar em pleno em futuras ocasiões.