José Mourinho não poupou criticas à federação inglesa por causa do castigo que lhe foi aplicado esta semana. O português foi condenado a pagar uma multa de 50 mil libras (cerca de 67.500 euros), e ainda um jogo de castigo com pena suspensa por um ano.
 
«Estou feliz por não ter pulseira eletrónica», disse o técnico português na apresentação do seu livro, em Londres.
 
«Uma multa de 50 mil libras, nos dias de hoje, é uma verdadeira vergonha. Ter um jogo de castigo é incrível. E ainda é mais difícil de compreender quando comparo com outros casos. A diferença entre “medo” e “fraco” ou ingénuo” é 100 mil libras», acrescentou Mourinho, referindo-se ao castigo aplicado a Arsene Wenger.
 
O treinador do Chelsea revelou ainda que pretende treinar mais quinze anos, pelo que não deve fechar a carreira no emblema de Stamford Bridge: «Não me parece que o futebol moderno permita. Por isso, em condições normais, não acabo a carreira no Chelsea. Gostava, mas não me parece possível.»
 
Mourinho adiantou ainda que o primeiro capítulo do seu próximo livro será sobre o momento difícil que atravessa neste momento, mas rejeitou a ideia de que esta seja a prova que não se deve voltar a um local onde já fomos felizes.
 
«Não! Fui campeão. Voltei num momento especial da vida do Chelsea, o fim de uma super equipa que deu estabilidade durante dez anos. A primeira Liga sem Lampard é algo incrível. Frank Lampard era Frank Lampard. Marcava golos atrás de golos. Ser campeão sem essa geração foi um sucesso tremendo. Agora não há Lampard, não há Drogba, não há Cech, não há Cole», referiu.