Leonardo Jardim, treinador do Mónaco, reconheceu esta quarta-feira que os objetivos iniciais do clube francês «eram muito ambiciosos», sobretudo depois de ter «perdido» jogadores como Falcao, James Rodriguez, Rivière e Obbadi.

Questionado, em conferência de imprensa, se o clube mantinha os mesmos «alvos» da época passada, que incluíam a luta pelo título e os oitavos de final da Liga dos Campeões, o antigo treinador do Sporting respondeu que não.: «Os objetivos perderam um pouco de força, mas a equipa mantém-se ambiciosa».

«O nosso vice-presidente, Vadim Vasilyev, foi claro sobre o projeto», disse Jardim, acrescentado que o mesmo «mudou e é um novo projeto». Segundo o técnico, «a equipa é diferente, com alguns jogadores experientes para enquadrar os mais novos», referindo que «até taticamente mudou, pois é uma equipa que não se pode expor tanto ofensivamente».

«Uma das funções do treinador é adaptar-se ao clube, ao momento e às situações. Precisa de adaptar a equipa às suas realidades para fazer o melhor possível e ser ambiciosa, à altura das suas capacidades», explicou.

Apesar de tudo, Jardim considerou-se «satisfeito» com o fecho do mercado, «por duas razões: porque o Mónaco perdeu cinco titulares, os seus três melhores goleadores e o seu capitão, por um lado, e porque agora os jogadores estão completamente concentrados no seu trabalho».

Apesar de ter ficado com um plantel substancialmente desvalorizado, Jardim diz que não tem nada a apontar à direção, pelo menos, publicamente. «Se tiver alguma coisa a dizer, faço-o internamente, não através dos media, com declarações públicas. O treinador não é recrutado para criar problemas ao clube. Estou cá para representar condignamente o Mónaco», referiu ainda.