O FC Porto triunfou, na noite desta quinta-feira, no terceiro «round» com o Sporting (5-1), nas meias-finais da Liga. De regresso à Dragão Arena, os comandados de Ricardo Ares neutralizaram os rivais na primeira parte, numa fase capital para arrecadar nova vitória.

Recorde, aqui, o desenrolar do Clássico.

Face ao empate na eliminatória (1-1) – após triunfos caseiros – os leões entraram determinados a evitar o filme da primeira parte do jogo inaugural. Assim, a turma de Alejandro Domínguez assumiu a iniciativa ofensiva e encerrou os caminhos para a baliza de Girão.

Na mó de cima, os campeões europeus ameaçaram inaugurar o marcador, ora por Rafael Bessa, ora por Alessandro Verona – que acumulou os remates aos ferros – ora ainda por Henrique Magalhães. Todavia, entre sustos e defesas de Malián, o FC Porto aguentou o nulo.

Gonçalo Alves desmontou a defesa leonina

Numa fase em que as equipas permaneciam calculistas, Gonçalo Alves capitalizou um raro erro de transição. Solto pela direita, o capitão dos dragões atirou para o 42.º golo na Liga, face ao desprotegido Girão. Restavam 13:46 minutos para o intervalo.

Foi o princípio do pesadelo para o Sporting. Destabilizado pelo golo – e por um pavilhão em euforia – os leões não se reencontraram até ao intervalo. Num penoso caminho para os balneários, os visitantes viram Girão se desdobrar em defesas.

Em todo o caso, o internacional português nada pôde fazer face à dupla Mena e Hélder Nunes. Em cima dos 15m, o argentino e o português combinaram e aproveitaram a superioridade numérica para elevar a festa na Invicta.

Um minuto e meio volvido, Hélder Nunes pouco se importou com a distância para a baliza e assinou um remate vistoso.

Até ao intervalo, o Sporting apenas respondeu a dois minutos da buzina, por Verona. Uma vez mais, o italiano fez mira ao poste direito de Malián. Aquando da pausa, os dragões acumulavam cinco faltas, enquanto os leões registavam quatro.

Souto respondeu, dragões golearam

Na etapa complementar escassearam os remates – a princípio – mas não as faltas. Quando as equipas retomaram o calculismo, os protagonistas forçaram sucessivas interrupções. Se, por um lado, o FC Porto procurava jogar com o relógio, o Sporting, por sua vez, fez «all in»  na frente.

Como tal, os leões terão a agradecer a noite de Ângelo Girão, que se agigantou perante Hélder Nunes, Gonçalo Alves e Mena, quando estes surgiram isolados.

A 13 minutos da derradeira buzina – quando o FC Porto já somava nove faltas – o Clássico animou. Um bloqueio de Carlo Di Benedetto levou a equipa de arbitragem a exibir o único cartão azul do encontro.

De seguida, João Souto ziguezagueou, encarou Malián e atirou para o 3-1.

Embalados pelo golo – e na procura da 10.ª falta do FC Porto – o Sporting reforçou as investidas sobre Malián. Na outra extremidade, Girão manteve o desfecho em aberto.

No derradeiro minuto, o FC Porto encontrou a via do quarto golo. Da esquerda para o meio, Di Benedetto juntou-se aos marcadores.

Sem dó, nem piedade, o FC Porto forçou a décima falta do Sporting, pelo que Gonçalo Alves bisou. Ainda que a goleada não espelhe a marcha dos derradeiros minutos, os dragões dominaram o Clássico desde o golo inaugural.

«Match point» para os dragões

No próximo domingo, o FC Porto poderá selar a qualificação para a final. No reduto do Sporting, o jogo 4 principia pelas 16h.

Caso o Sporting volte a triunfar em casa, então a eliminatória será decidida na Dragão Arena, na noite de quarta-feira (20h30).

Os azuis e brancos almejam regressar à final da Liga, objetivo falhado há um ano. Aliás, os comandados de Ricardo Ares anseiam juntar a Taça de Portugal à conquista do 25.º campeonato. Para já, os portistas estão empatados com o Benfica – campeão nacional em título – nesta contagem.

Quanto ao Sporting, os campeões europeus não conquistam a Liga desde 2021. Guardam nove na história.