No final de uma parte importante da sua vida, Hélder jura só guardar boas recordações do futebol. «Foram quinze anos de profissional muito abençoados», diz. «Desde a estreia no Torrense-F.C. Porto, em 1991, [0-0], quando fui lançado por Manuel Cajuda, passando pela minha presença durante dois anos na selecção sub-21, pela conquista da Taça de Portugal e da Supertaça, pelos três anos e meio no Boavista, tudo isso foi muito bom. Só tenho que agradecer tudo o que futebol fez por mim».
E mágoas? «Nenhuma», diz. «Nenhuma mágoa». Nem a Selecção Nacional? «A Selecção Nacional era um sonho, não foi possível, paciência». Poderia ter sido se tivesse dado um salto para um grande. «Fui seguido pelos grandes, mas foi minha a opção de ir para Paris. E nunca me arrependi porque era uma ambição. Depois ainda houve o interesse de alguns grandes, mas não havia dinheiro». Insiste-se com a possibilidade, muito badalada na altura, de assinar pelo F.C. Porto. Mas o que houve de concreto? O que falhou? «Isso é passado. Não vale a pena estar a mexer no passado».
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