PORTUGAL
A Naval não vai mudar a sua forma de jogar pelo facto de ter pela frente o Sporting, este sábado, na Figueira da Foz. Quem o garante é o médio Alexandre Hauw, que conhece os perigos de uma súbita mudança de identidade, ainda para mais quando se tem de jogar com uma equipa do calibre como a de Alvalade.
«Temos de jogar de forma inteligente, porque sabemos que do outro lado estarão individualidades capazes de desequilibrar a qualquer momento. Se teremos de actuar com um bloco mais baixo ou mais alto, veremos durante o jogo mas, essencialmente, temos de jogar como sabemos porque, se o fizermos de forma diferente, podemos ser penalizados por isso», avisa o jogador francês que, ainda assim, não descura certos pormenores: «Claro que vamos todos tentar defender bem, porque sabemos que é muito importante mas não é por usar uma ou outra táctica que ganharemos o jogo», assegura.
Se não é pela táctica, então quais serão os argumentos da equipa da Figueira? «Se vencermos não será mérito deste ou daquele sector, mas do grupo inteiro. Se estivermos unidos e formos solidários, penso que podemos atingir algo de positivo. Só dessa forma, em conjunto, todos concentrados no mesmo objectivo, poderemos chegar a algum lado», desvenda o camisola 15 dos figueirenses.
A Naval, garante Hauw, vai preocupar-se com o colectivo do adversário, sem descurar alguns dos seus pontos fortes mas o francês relembra, dando exemplo do último jogo, em Paços de Ferreira, que não as camisolas que ganhar jogos: «O Sporting tem excelentes jogadores em todas as posições. Que seja o Liedson ou o Postiga na frente, o Rochemback ou o Moutinho no meio-campo, entre outros. Mas isto tudo é relativo. Ainda na semana passada, havia menos nomes sonantes e nem por isso deixámos de defrontar bons jogadores. A prova disso é que perdemos.»
Tiago Rannow não defronta os leões, Marcelinho está de volta
No treino desta quinta-feira, que começou depois de uma sessão de vídeos sobre o Sporting. Ulisses Morais voltou a dar indicações quanto ao onze provável para sábado. Já com Daniel Cruz recuperado da virose que o impedira de treinar-se na véspera e Marcelinho novamente utilizado do lado dos possíveis suplentes, a colocação do médio Baradji sobre o lado esquerdo da defesa voltou a ganhar força, no exercício em que os defesas enfrentaram os avançados e médios.
Desta forma, estiveram de um lado Carlitos, Paulão, Diego Ângelo e Baradji, enquanto do outro surgiram Lazaroni, Hauw, Davide, Simplício, Bolívia e Marinho. O técnico ainda pode mudar de ideias, decidindo-se pela inclusão de Daniel Cruz ou até mesmo Igor, que são, afinal, laterais-esquerdos de raiz, o que implicaria o regresso de Davide a uma ala e a saída de Simplício, mas isso seria alterar, à última hora, grande parte do trabalho da semana.
No plano clínico, assinale-se que Tiago Rannow, depois de ter feito uma ecografia, que lhe detectou uma inflamação na articulação tíbiotársica direita, está definitivamente afastado do encontro com os leões e vai continuar, tal como nesta quinta-feira, a fazer trabalho de ginásio. Já Marcelinho, teve alta clínica, dependendo agora do critério de Ulisses Morais chamá-lo, ou não, para a partida. Finalmente, o central João Real, deverá começar a integrar-se nos treinos na próxima semana.
