Gonçalo Quinaz, a despedida do Rosenborg e as lágrimas de Berg

Gonçalo Quinaz, jogador do Odivelas que esteve durante a última semana em Trondheim, na Noruega, à experiência no Rosenborg, regressou este fim-de-semana a Portugal, feliz pelo trabalho realizado, mas frustrado pelas condições que o clube lhe ofereceu para permanecer. O contrato não compensava a mudança radical, por isso, optou por regressar, deixando já na Noruega alguma saudade.
Pelo menos foi isso que foi relatado ao Maisfutebol por Quinaz Pereira, o pai de Gonçalo, que acompanhou a aventura do filho em terras do bacalhau. «A experiência foi muito boa, correu tudo muito, mas de facto os números é que não agradaram», começou por contar Quinaz. «Os números finais não agradaram, mesmo depois de estarmos várias vezes reunidos, mas no plano desportivo foi tudo muito bom», adiantou.
Segundo Quinaz Pereira, a proposta do Rosenborg ficou-se dentro daquilo que são os parâmetros normais para jogadores em formação, algo que não compensava uma mudança para longe da família e do meio a que estava habituado. «Na Noruega o futebol não é muito bem pago. Fizeram uma proposta, com objectivos, mas muito baixo», revelou.
Ainda assim, Quinaz Pereira referiu que era objectivo dos dirigentes do Rosenborg «ficar com o Gonçalo». «Os próprios jogadores do Rosenborg ficaram até ao final da reunião para saberem a decisão. Estavam todos à espera que ele ficasse. A acontecer só poderia ser inscrito no Verão», contou, acrescentado que a despedida foi difícil: «Estava lá aquele jogador, o Berg, que é dos mais experientes do plantel do Rosenborg, e ele próprio estava com os olhos em lágrimas quando se despediu do Gonçalo. Ele ainda disse ainda: «Vais voltar»»
A semana até correu muito bem ao jovem de 18 anos que decidiu experimentar o futebol nórdico. Na quinta-feira realizou um jogo-treino que não poderia correr melhor. «Marcou dois golos e fez assistências para o Karadas», lembrou Pereira. «Além disso combinou muito bem com o Bratbakk», revelou
Agora Gonçalo Pereira voltou à «realidade», em Odivelas, mas já com os olhos em saltos mais altos. É que já existem outros clubes com atenção no que faz o pequeno jogador que um dia o Benfica recusou por nunca ter ido à selecção.