A contratação de Mario Balotelli pelo Milan foi a mais cara deste mercado de inverno, de 2013. O clube italiano pagou mais de 20 milhões de euros pelo avançado.

Ainda assim, longe, por exemplo, da transferência de há dois anos de Fernando Torres, com o Chelsea a pagar cerca de 60 milhões de euros ao Liverpool pelo espanhol. Dois anos depois, os números ficaram muito distante dessa cifra.

Os principais emblemas europeus não entraram em grandes aventuras. Aqueles que são considerados como «novos ricos» no futebol do continente entraram numa contenção de despesas e janeiro.

O Manchester City até recebeu dinheiro por Balotelli, o Chelsea «apenas» contratou Demba Ba ao Newcastle, enquanto o PSG optou por trazer o glamour de David Beckham à capital francesa.

Os parisienses, detidos por proprietários do Qatar, não gastaram um cêntimo na chegada de Beckham, que era um jogador livre. Claro, vão ter de lhe pagar salário, mas até esse, numa bela jogada de marketing do internacional inglês, será doado a uma instituição de caridade.

Em suma, no mediatismo, PSG e Beckham já ganharam, porque durante esta quinta-feira chegaram a todo o mundo e até conseguiram «abafar» a gritaria que se ouvia em Espanha depois de mais um clássico entre Real Madrid e Barcelona.

O fisco na Turquia e o rival do FC Porto

A Itália chegaram portugueses: Nelson para o Palermo, Salvador Agra e Jorge Teixeira para o Siena. Na Serie A, o Inter mexeu-se bastante. Comprou quatro jogadores: Kovacic ao Dínamo Zagreb, Kuzmanovic ao Estugarda, Carrizo à Lazio e Schelotto à Atalanta.

No entanto, o mercado dos «nerazzurri» ficou marcado pela saída de Wesley Sneijder. O internacional holandês chega à Turquia por 7,5 milhões de euros, ou seja, um montante bem abaixo do seu valor real de mercado, porque com 28 anos, o médio ainda tem muito futebol para mostrar.

Aliás, o Galatasaray protagonizou outro dos golpes mais importantes desta janela de transferências: Didier Drogba. Como é que os turcos conseguiram contratar as duas figuras dos últimos campeões europeus que não o Barcelona? Simples, se se atender à carga fiscal que se pratica na Turquia (inexistente) em relação a outros mercados.

Já em Espanha, o Real Madrid foi obrigado a comprar um guarda-redes. David López regressou ao clube em que se formou, proveniente do Sevilha, e de modo urgente, devido à lesão de Iker Casillas.

Ainda em La Liga, o português Sílvio trocou o Atlético de Madrid pelo Corunha, de Domingos Paciência, mas é no Málaga que recaem muitas das atenções.

O adversário do FC Porto na Liga dos Campeões perdeu Monreal para o Arsenal, mas contratou o português Antunes como alternativa na lateral-esquerda e ainda Lugano e Lucas Piazon, vindos do PSG e do Chelsea para fortalecer a defesa e o meio-campo ofensivo dos andaluzes. O chileno Pedro Morales também é reforço para Pellegrini.

Refira-se que no plano internacional, o Brasil fez regressar dois jogadores categorizados: Alexandre Pato foi do Milan para o Corinthians, Lúcio trocou a Juventus pelo São Paulo. O mercado brasileiro continua em aberto, porém.

Na Argentina, o destaque vai todo para o Vélez Sarsfield, que deu um golpe grande e contratou Fernando Gago, ainda que por empréstimo, ganhando a corrida ao Boca Juniors, clube em que o médio se formou.