Sabia que Ivo começou por praticar... voleibol? Pois é. O guarda-redes do Salgueiros não é daqueles jogadores que nasceram com um objectivo e desde muito cedo direccionaram a sua acção para ele. Os primeiros passos no desporto foram dados no voleibol do Castêlo da Maia. Mas uma discussão com o treinador fê-lo decidir por uma mudança de fundo: «Falei com o meu pai e disse-lhe que queria jogar futebol. Mudei, então, do Castêlo de Maia para o F.C. Maia...» 

Ironias do destino, pois então. Se tudo tivesse corrido bem no voleibol, ter-se-ia perdido, certamente, um bom guarda-redes... «Rapidamente percebi que no futebol só podia ser guarda-redes. Era muito mais alto do que os outros rapazes da minha idade. Fui titular do Maia, o Boavista contratou-me pouco depois. Fiz dois anos no Bessa e fui duas vezes campeão nacional. O F.C. Porto foi-me buscar, nos juniores. No primeiro ano, fui titular, mas depois lesionei-me e entrou o Mingote. Não saí zangado com ninguém, mas tive pena de não ter tido mais oportunidades nas Antas». 

Daí a saída do F.C. Porto para o União de Lamas. Aonde rapidamente chamou a atenção: «O meu último ano de júnior foi em Lamas. Era o terceiro guarda-redes da equipa principal. Treinava com o plantel e jogava pelos juniores. Nos dois anos de sénior já fiz parte sempre do plantel principal e na época passada impus-me a titular, numa fase em que a equipa já tinha praticamente a permanência garantida». 

Ivo sabe que deve o seu salto para Paranhos à experiência em Santa Maria de Lamas e está «eternamente grato ao mister Manuel Correia, que apostou em mim».