Esta é a melhor altura para o Rosenborg iniciar a Liga dos Campeões, segundo defende o treinador da equipa norueguesa, Nils Arne Eggen. «Nesta fase a equipa costuma voar», diz o técnico, referindo-se ao facto do campeonato local estar perto do fim para explicar o ritmo ideal dos jogadores. 

O adiamento da primeira jornada, em que ia defrontar o Celtic Glasgow, relegou para hoje todas as previsões sobre o arranque de mais uma liga milionária. «Não sei qual vai ser a reacção da equipa ao primeiro jogo, mas espero que o resultado seja positivo», confessa Eggen, dizendo que «obviamente» conhece muito bem o F.C. Porto, pois já o defrontou quatro vezes. Defende, no entanto, que «estes jogos não têm muito a ver com o conhecimento do adversário, mas sim com o que os jogadores puderem fazer dentro do campo». 

As semelhanças com o adversário português são «muitas», dado que as duas equipas jogam com «um sistema táctico idêntico», ou seja, «com dois pontas e um patrão». No F.C. Porto é Deco, no Rosenborg é Skammelsrud. De qualquer forma, defende que o seu opositor de amanhã «vale pelo seu tudo, pois é muito forte fisicamente» e, comparando com o passado, considera que «está diferente, só Capucho e Jorge Costa continuam, mas continua muito forte». 

A ideia generalizada de que o Rosenborg é um equipa envelhecida foi desmistificada pelo seu treinador, que preferiu considerá-la «experiente». Para ele, «nesta fase da época o que interessa é a experiência, não as idades», e no que diz respeito à experiência as duas formações estão bem recheadas. 

Preparado para enfrentar a Liga dos Campeões, Nils Arne Eggen sabe que a equipa pode fazer uma excelente primeira fase, uma vez que o campeonato norueguês passa pelos seus momentos mais decisivos e termina exactamente nas vésperas do Rosenborg jogar nas Antas. Nesse fim-de-semana vai defrontar o Lillestrom para decidir o campeão. Caso vença, será a décima vez consecutiva que o clube vencerá o título da Noruega. 

Surge, então uma questão pertinente: Como é que o treinador consegue motivar os jogadores? Eggen responde com inteligência. «Não tem muito a ver comigo, porque a motivação não é como um interruptor, que apaga-se e acende quando é preciso. Esta é a fase decisiva da época e eles sabem que têm de dar tudo».