Fehér

Mais uma prova de classe. O avançado húngaro voltou a ser decisivo: apontou dois golos (já vai em quatro no campeonato) e esteve na jogada (soberba) do 2-1 bracarense. Bom sentido de colocação, passe certeiro, desmarcações oportunas -- Fehér é um ponta-de-lança do futebol moderno. Podia ter inaugurado o marcador aos 16 minutos, se Schmeichel não tivesse feito uma defesa de grande nível. Terá sido carregado dentro da área por André Cruz, numa eventual grande penalidade não assinalada. Alguns dos pormenores que construiram uma exibição em grande. 
 

Luís Filipe

A cartada certeira de Manuel Cajuda. Numa fase em que o Braga não revelava armas suficientes para dar a volta (perdia por 0-1), o treinador bracarense fez saltar do banco o médio-ofensivo português, sacrificando Castanheira. O resultado foi um Braga muito mais consistente e acutilante, capaz de construir e criar perigo. Assinou o passe para o 2-1, num lance pela direita de grande classe.  
 

Riva

Dinamizou a ala esquerda do ataque do Braga, ajudando a sua equipa a dar a volta ao jogo. Rápido, sabe explorar os espaços existentes no seu corredor e faz centros bem à medida de Fehér. Cajuda parece ter encontrado o seu modelo ofensivo e o brasileiro faz, certamente, parte dele.  
 

Ricardo Rocha

A ausência do «capitão» Artur Jorge foi bem suprida por este jovem de 23 anos,

pertencente à equipa B. Sem medo do peso do adversário, Ricardo Rocha fez a vida negra aos avançados leoninos, sobretudo a Acosta, que desta vez ficou em branco. Marcador atento do argentino, Ricardo Rocha passou no difícil teste que teve esta noite.  
 

Horvath

Não foi por acaso que grande parte das jogadas de ataque do Sporting na primeira parte se processaram pela esquerda. O checo contribuiu para a produção ofensiva dos leões, aproveitando-se das falhas de José Nuno, o responsável pela faixa direita da defesa do Braga. Apagou-se no segundo tempo, ressentindo-se do abaixamento geral do Sporting.  
 

Rui Jorge

Inteligência e eficácia. Seguro a defender, deu consistência ao jogo leonino pela ala esquerda. Muito bem a destruir, quase tão bem a construir. Não foi, porém, capaz de contrariar o descalabro sportinguista no segundo tempo. 
 

Acosta

Noite-não do «matador». Acosta bem tentou, mas a pontaria, hoje, não estava afinada. Sempre vigiado por Ricardo Rocha, o atacante argentino falhou sempre: ou chegava atrasado, ou rematava ao lado...  
 

Schmeichel

A atitude já a conhecíamos: o dinamarquês fica furioso quando perde. A derrota do Sporting pôs o guarda-redes do Sporting em estado de nervos e só assim de compreende o frango do tamanho do Mundo que Schmeichel permitiu, no 3-1 para o Braga. O remate de Fehér levava pouca força, mas o dinamarquês conseguiu o mais difícil: deixar fugir a bola. Ainda tentou redimir-se e foi lá à frente, num gesto de puro desespero.