Matthias Sammer castigou os seus jogadores logo que acabou o jogo, obrigando-os a sair do balneário e a voltarem para o relvado para darem mais umas corridas. Obviamente que é péssimo para uma equipa como o Borússia Dortmund somar apenas dois pontos em três jogos. Por isso, o técnico alemão não teve problemas em reconhecer que o adversário foi superior. 

«Começámos a jogar futebol, efectivamente, muito tarde e quando isso acontece é difícil fazer melhor e acabamos por sofrer a pressão do Boavista, que já esperávamos», referiu Sammer, destacando o facto dos portugueses terem sido mais inteligentes com a forma como abordaram o jogo, ao contrário dos seus jogadores, que foram constantemente erráticos: «Importa é não cometer erros defensivos e isso não conseguimos fazer. No entanto, para mim ainda é surpresa a forma como jogámos os últimos 25 minutos, como é que conseguimos arranjar moral para tentar o empate, mas já era tarde». 

Basicamente, na sua perspectiva, os problemas tácticos da primeira parte surgiram porque os jogadores «falaram pouco». Mas, para além disso, tiveram um Boavista muito inspirado pela frente e com livres perigosíssimos de Sanchez. «Já sabíamos que era muito perigoso nos livres, por isso temos é de evitar fazer faltas. Quando a bola está parada, no sítio da falta, é impossível fazer alguma coisas», confessou. 

Apesar da simpatia, mesmo com a derrota, Sammer não deixou de ser frontal na abordagem à arbitragem, deixando mesmo durar críticas a Rune Pedersen: «A responsabilidade pela derrota é nossa, mas também é difícil falar da arbitragem quando não tive tempo para rever todos os lances. No entanto, penso que há penalty sobre o Amoroso, se fosse marcado e o convertêssemos empatávamos e relançávamos o jogo». Ainda no que diz respeito ao avançado brasileiro, o técnico admitiu que «naturalmente» vai fazer parte na próxima jornada da Liga dos Campeões, novamente com o Boavista, mas refugiou-se num «sem comentários» quando lhe foi perguntado se já o conseguia compreender ou se tinha desistido.